Soninha defende pedágio urbano e maconha em bares


Folha de S.Paulo

A candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, defendeu ontem, na sabatina do jornal "Folha de S.Paulo" e do UOL, a realização de um plebiscito sobre a adoção do pedágio urbano no centro da cidade. Além da restrição ao tráfego de automóveis, ela defendeu a liberação da venda de maconha em bares. Leia os principais trechos da entrevista.
Pedágio urbano
"Faria um plebiscito. Alô, população, do jeito que está não dá. Vocês preferem um rodízio ampliado, em que a cada dia da semana duas placas não podem circular, ou o pedágio urbano? Não te proíbo de circular, mas cobro R$ 3 [valor da passagem de ônibus] para circular no centro. Se não quiserem nenhuma das alternativas, vou dificultar cada vez mais o acesso ao centro. Não há espaço viário para todos os carros. É preciso de algum modo escalonar ou restringir o tráfego para que nem todos andem na rua ao mesmo tempo. Às vezes o uso de carro, como o de álcool e drogas, é abusivo, indevido e compulsivo. É esse uso supérfluo e dispensável que devemos coibir."
Alvarás em shoppings
Questionada sobre se foram fiscalizados shoppings sem alvará, algum deles na área da Subprefeitura da Lapa, administrada por ela em 2009 e 2010, ela respondeu.
"Porque a partir de certa metragem, não é a subprefeitura quem tem autoridade nem para conceder o alvará nem para dar o Habite-se e nem para fiscalizar." A legislação municipal diz, no entanto, que cabe às subprefeituras, além da fiscalização de obras, a emissão do certificado de conclusão (Habite-se) e a licença.
Compra de vereadores
"Claro que dá [para comprar voto de vereadores em SP]. Soube, e não foi a pior das hipóteses, com dinheiro, mas foi assim: 'Fulano está pedindo 120 cargos na prefeitura'. Não posso [dizer quem foi o parlamentar].
Maconha
"Não é a descriminalização simplesmente. É a legalização. Porque hoje é o crime que detém o monopólio. Quem vende é bandido." Para ela, maconha poderia ser vendida "como cerveja".
"Bar vende muita droga, né? Cigarro, cerveja, pinga, vodca. Na Argentina, onde deixou de ser crime a posse de maconha, não soube que Buenos Aires foi invadida por zumbis maconheiros.
Soninha, que em 2001 admitiu em entrevista que fumava maconha, disse que parou de usá-la.

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