Supremo ouve defesa de pessoas ligadas ao empresário Marcos Valério


No quarto dia de julgamento, advogados vão rebater acusações de que empréstimos tinham origem irregular ou intenção de compra de votos; TV Estadão transmite sessão a partir das 14h


O Estado de S.Paulo
A defesa de quatro pessoas ligadas ao empresário Marcos Valério, acusado de operar o suposto esquema de pagamento de compra de votos no Congresso, será ouvida no quarto dia do julgamento do mensalão, nesta terça-feira, 7. O advogado de uma ex-dirigente do banco Rural, que teria emprestado parte dos recursos ao PT e a Marcos Valério, também apresentará sua defesa. A sessão está prevista para começar às 14h e será transmitida ao vivo pela TV Estadão.
Advogado de José Dirceu durante a defesa de seu cliente aos ministros Supremo Tribunal Federal - André Dusek/AE
André Dusek/AE
Advogado de José Dirceu durante a defesa de seu cliente aos ministros Supremo Tribunal Federal
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As quatro pessoas ligadas a Marcos Valério são Cristiano Paz, sócio do empresário; Rogério Tolentino, advogado; Simone Vasconcelos, ex-diretora financeira de empresas de Marcos Valério; e Geiza Dias, também funcionária do empresário. Contra eles, de acordo com a Procuradoria, pesam acusações de participação na montagem do esquema ou na distribuição de dinheiro. Em linhas gerais, a defesa dos quatro vai sustentar que os empréstimos realizados eram regulares e que não havia compra de apoio de parlamentares. No caso de Simone e Geiza, a defesa argumentará ainda que as funcionárias apenas cumpriam ordens de Marcos Valério.
Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural, também deve afirmar que os empréstimos eram regulares. A Procuradoria afirma que Kátia negociava os empréstimos que alimentaram o esquema para depois tentar obter vantagens na liquidação do Banco Mercantil de Pernambuco.
Primeiro dia da defesa. Nessa segunda-feira, 6, primeiro dia da apresentação das defesa dos 38 réus, foram à tribuna os advogados de José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Marcos Valério e Ramon Hollerbach. As defesas de Delúbio Soares e de Marcos Valério negaram o mensalão, mas admitiram o uso de caixa 2 para campanha eleitoral.
defesa do ex-ministro e de Delúbio, ambos acusados de corrupção ativa e formação de quadrilha, negaram que houve compra de votos no Congresso. Os advogados procuraram derrubar o que o Ministério Público considera provas e lembrou a ausência de depoimentos que confirmem a existência da prática de compra de apoio político.

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