Urubu invade loja de autopeças, vira atração e mobiliza bombeiros


Bombeiros até alimentaram a ave antes dela fugir - Por: Pedro Negrão


 Jornal Cruzeiro do Sul

Adriane Mendes
adriane.mendes@jcruzeiro.com.br


Um urubu foi a atração ontem na rua Santa Terezinha, após invadir uma loja de autopeças. De acordo com Cláudia Aparecida Silva, moradora naquela rua, a ave apareceu por volta das 5h, mas foi por volta das 13h, que entrou na loja de número 105, que a ave despertou a atenção de todos. Eliane Lopes de Oliveira, assistente administrativa do comércio, disse que o urubu chegou até a comer banana, mas por fim tiveram que acionar o Corpo de Bombeiros: "é hora de fechar a loja e estamos com dó da ave ficar abandonada", justificou.

Com a chegada da equipe dos bombeiros comandada pelo sargento José Gilberto Proença, o urubu se manteve tranquilo e até comeu carne na mão do bombeiro, mas voou para o muro e depois para o alto do poste quando percebeu que seria capturado. Diante disso e também pelo fato da ave se mostrar saudável, o sargento disse que desistiu da captura. Ele explicou que, se o animal estivesse ferido o procedimento seria levá-lo para o zoológico a fim de ser tratado e depois solto na natureza, e que ontem, caso fosse pego, seria também liberado na natureza. Ainda segundo o sargento, o urubu não irá embora se continuar a ser alimentado. Porém, se depender da vizinhança que até já o batizou de "Zeca Júnior", provavelmente ele fique por lá.

Não é a primeira vez que um urubu vira notícia: na tarde de 28 de maio, o urubu chamado "Dudo", de 15 anos, invadiu o Plantão Norte, na avenida Ipanema. Porém, ao invés de causar medo ou repúdio, a ave ganhou a admiração dos policiais civis e das pessoas que aguardavam para ser atendidas. Seu dono, o comerciante Amauri da Costa Bueno, 44 anos, que tem uma vidraçaria em frente à unidade policial, o encontrou ainda filhote e disse que certa vez chegou a soltá-lo em Londrina (PR), mas para sua surpresa ele retornou para cá. Dudo é alimentado com 1 quilo de carne por dia. O comerciante ficou como depositário fiel da ave, uma vez que por se tratar de animal silvestre, não é permitido mantê-lo em cativeiro.

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