Bairros da periferia sofrem mais com falta de professor


Fernanda Barbosa e Léo Arcoverde

do Agora
A falta de professores na rede municipal de São Paulo é mais acentuada na periferia da cidade, principalmente no extremo norte e no extremo sul da cidade.
A região que mais sofre com o problema é Pirituba (zona norte de SP), com uma média de 5,7 cargos vagos por escola, seguida por Capela do Socorro e Campo Limpo (ambas na zona sul), segundo dados da Secretaria Municipal da Educação, referentes a 20 de março, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.
Educadores e sindicalistas afirmaram que a expansão da rede de escolas, a dificuldade de acesso ao local, a necessidade do docente de trabalhar em mais de uma unidade e o medo da violência contribuem para a falta de professores na periferia.
Resposta
A Secretaria Municipal da Educação informou ter nomeado 2.641 professores neste ano, e que outros 643 escolherão vagas a partir da próxima semana.
Segundo a pasta, foi elaborado um projeto de lei para a criação de 1.200 vagas de Educação Infantil, e foi autorizada a contratação temporária de 700 docentes para 5ª a 8ª série e ensino médio.
O secretário da Educação, César Callegari, afirmou que há professores substitutos nas escolas da rede municipal, que cobrem as ausências.
"A falta de professores não pode ser traduzida como alunos sem aula." Callegari disse ainda não acreditar que o problema atinja 55% das escolas.
Segundo ele, há "falta crônica de professores" em algumas disciplinas e que, para combatê-la, a prefeitura irá implantar 31 polos da Universidade Aberta do Brasil.
Para maio, está previsto reajuste de 10,19% para a categoria.
Sobre as licenças por motivos de saúde, Callegari afirmou que a prefeitura estuda "um plano de ação para a melhora da qualidade de vida" dos profissionais e para a descentralização dos médicos peritos --para agilizar a volta do docente à sala de aula.
Resposta 2
A gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) afirma ter nomeado 35.383 profissionais da educação entre 2005 e 2012 (entre professores, diretores e outros funcionários), e reformado a carreira dos docentes, com a transferência dos professores adjuntos para as escolas, o que permite a substituição imediata --antes, eles ficavam em órgãos centrais.
Segundo a assessoria do o ex-prefeito, foram feitos concursos públicos anualmente na sua gestão, e o piso dos professores para 40 horas-aula de trabalho subiu de R$ 1.215 para R$ 2.600.

Postar um comentário

0 Comentários