Capela do Alto:Comerciante denuncia paralisação de obras


Jornal Cruzeiro do Sul
Denúncia que está para ser encaminhada ao Ministério Público pela comerciante Regiane de Siqueira, dá conta de que as obras contratadas pela Prefeitura de Capela do Alto, a partir da liberação de recursos provenientes de convênios firmados com o governo federal estão paralisadas. Na cidade, os canteiros mostram placas que não informam as datas de início e de término dos serviços, como prevê a lei.

A reportagem manteve contato, no começo da tarde, com o Departamento de Comunicação do Município e enviou, a pedido do responsável, Aluísio Oliveira, as perguntas por e-mail. Até o fechamento desta edição, entretanto, não houve retorno. Pelo menos cinco empreendimentos estão parados, entre eles uma creche que deveria ter sido entregue no começo deste ano. Somente dois dos projetos contratados geraram repasse de quase R$ 700 mil ao governo local.

Regiane diz que o prefeito Marcelo Soares da Silva (PV) não cumpriu as obrigações e, também, não prestou qualquer informação sobre os motivos pelos quais deixou de fazer o que deveria. "O curioso é que ele foi reeleito; logo, o que está aí é de responsabilidade dele mesmo. Vale dizer: estamos diante de um caso de evidente desperdício do dinheiro público, o que é revoltante e precisa ser apurado", diz a denunciante.

A comerciante deve pedir que o prefeito responda pela prática de improbidade administrativa. Se o caso for mesmo adiante, e o MP entender terem sido cometidas irregularidades, Soares pode ser condenado a ressarcir os cofres públicos dos eventuais prejuízos, além de perder os direitos políticos. Regiane também quer que a Câmara fiscalize o caso e deve procurar as lideranças políticas locais para que encaminhem providências.

Conforme apurado, em algumas situações, o atraso já dura mais de dois anos. "Isso é um absurdo sem tamanho. É preciso que o gestor tenha um mínimo de comprometimento, que honre os votos que recebeu, as promessas feitas durante a campanha. Isso para não falar que Capela do Alto conseguiu levantar dinheiro de outra esfera governamental e, agora, fica refém da incompetência", protesta Regiane, que também quer saber quanto exatamente o município recebeu.

Na mensagem que enviou ao Departamento de Comunicação, o Cruzeiro do Sul procurou saber por que o problema acontece, quantas e quais são as obras paralisadas, quanto foi repassado à cidade, se havia expectativa de quando a situação seria resolvida. (J.A.R.)

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