Conselho de Segurança da ONU aprova criação de força de paz no Mali


Minusma terá 12,6 mil homens e pode ter ajuda de tropas francesas para combater extremistas


O Estado de S. Paulo
NAÇÕES UNIDAS - O Conselho de Segurança da ONU aprovou, por unanimidade, nesta quinta-feira, 25, a criação de um força de paz no Mali. A partir de 1º de julho, 12,6 mil homens vão ao país da África Ocidental e, se necessário, terão o apoio de tropas francesas para combater as ameaças de extremistas islâmicos.
Tropas francesas patrulham região do Mali - ECPAD/AP
ECPAD/AP
Tropas francesas patrulham região do Mali
A França, auxiliada por cerca de 2 mil tropas do Chade, começou uma ofensiva militar no Mali em janeiro para expulsar os combatentes islâmicos, que tinham dominado uma revolta de rebeldes tuaregues malineses e tomado dois terços do país.
Conhecida como Minusma, a força de paz vai assumir a autoridade a partir de uma força africana, apoiada pela ONU, enviada para assumir o controle dos franceses. A maior parte da força africana, conhecida como Afisma, deve se tornar integrante da força de paz da ONU, disseram diplomatas.
A força de paz da ONU no Mali será a terceira maior, atrás de destacamentos na República Democrática do Congo e de Darfur, no Sudão, e custará até US$ 800 milhões por ano, disseram funcionários da ONU. A resolução contém a ressalva de que a criação da força de paz será submetida a uma avaliação sobre o Mali pelo Conselho de Segurança, formado por 15 integrantes, em até 60 dias após sua adoção.
A França começou a retirar seus 4 mil homens do Mali e planeja ter apenas mil até o final do ano. Paris tinha dito que o norte do país africano estava sob o perigo de se tornar um trampolim para ataques de extremistas à região e ao Ocidente.
As forças francesas seriam capazes de intervir para apoiar a Minusma caso os soldados se encontrem "sob ameaça iminente e grave e a pedido do secretário-geral", de acordo com a resolução.
Centenas de milhares de malineses foram deslocados pelos combates e o norte do país permanece vulnerável a contra-ataques de guerrilheiros extremistas islâmicos./REUTERS
  

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