Criador do Twitter quer Square em mais países



Em passagem por São Paulo, Jack Dorsey afirma que pretende expandir atuação da sua empresa de pagamento móvel
Por Nayara Fragado Economia & Negócios
SÃO PAULO – O cofundador e o presidente do conselho do Twitter, Jack Dorsey, parece estar interessado em trazer a Square, sua companhia de pagamento móvel, para o Brasil. Apesar de não ter revelado os detalhes de sua visita ao País, ele afirmou nesta quarta-feira, 10, que a companhia pode se expandir para outras regiões. Um dos motivos de sua passagem pelo Brasil é conhecer melhor o mercado local.
Regulação bancária é uma das barreirasà expansão do Square. Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Depois de passar pelo Rio de Janeiro, o executivo participou na quarta-feira de um encontro com alunos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), na sede da instituição, em São Paulo. “Acho que o Square pode ir para outros países, mas um dos fatores que pedem atenção é a questão da regulação bancária”, disse Dorsey. Até nos Estados Unidos, segundo ele, foi demorado o procedimento para lançar o produto.
A Square é uma jovem empresa com sede em São Francisco, na Califórnia, e é considerada uma companhia promissora no mercado de tecnologia. Seu negócio é facilitar o pagamento de compras, usando um dispositivo que pode ser acoplado a smartphones para realizar transações com cartões de crédito. O comerciante pode usar o próprio celular da empresa para receber os pagamentos de clientes. A vantagem está nas taxas menores do que as cobradas pelas administradoras de cartão, o que pode reduzir os custos. O dispositivo é um pequeno leitor em formato quadrado e cerca de 2 centímetros de largura e altura. Nele, os consumidores podem fazer os pagamentos com cartão.
Outro produto da empresa é o Square Wallet, um aplicativo em que o usuário pode cadastrar seus dados de cartão de crédito para fazer as compras mais rapidamente nos estabelecimentos comerciais. A proposta é: em vez de tirar a carteira do bolso, o cliente diz apenas o seu nome. O atendente vê o nome e a foto da pessoa no caixa (para comprovar que você é você) e finaliza o pagamento.
Concorrentes. Uma “carteira digital” dessa espécie ainda não existe no Brasil, mas já há iniciativas voltadas para o leitor. Uma delas é a Payleven, que já tem cerca de mil lojas no País em sua rede. Seu foco, como disse o diretor da empresa em novembro passado ao Estado, é atingir empresários que não conseguem ter outras soluções para aceitar cartão de crédito.
Assim com a Payleven, existem várias outras empresas que fazem o mesmo que a Square em outros países. Mas Dorsey diz não se preocupar com isso. “Não é importante ser o primeiro, e sim ser o melhor. Muitas das copycats (empresas que copiam o modelo de negócio) são superficiais. Elas não conseguem copiar a alma do negócio.”
O empreendedor vê um potencial muito grande no Brasil. Ele diz que o País se move rapidamente e que os eventos que estão por vir, Copa do Mundo e Olimpíada, favorecem isso. “Nós estamos aprendendo muito aqui (com o Twitter, que tem escritório em São Paulo). É um país muito sofisticado no campo da tecnologia.” / COLABOROU LIGIA AGUILHAR

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