Maduro lidera, mas vantagem diminui sobre Capriles, na Venezuela


Herdeiro político de Chávez tem 44,4% de intenção de voto, contra 37,2% de Capriles; eleição será domingo


Reuters
O candidato governista Nicolás Maduro segue liderando a corrida para a eleição presidencial da Venezuela, que será realizada neste domingo, em relação ao opositor Henrique Capriles, mas sua vantagem foi reduzida nos últimos dias da campanha, de acordo com pesquisas divulgadas na sexta-feira. 
As preferências por Maduro caíram 9,3 pontos porcentuais entre 4 e 11 de abril, enquanto Capriles subiu 1,6 ponto, de acordo com um estudo divulgado por dois dos clientes da Datanalisis fora do país, antes da proibição na Venezuela para divulgar novas pesquisas.
O herdeiro político do falecido Hugo Chávez tem intenção de voto de 44,4%, em comparação com 37,2% de Capriles. A vitória se dá por maioria simples.
Isso coloca os competidores a uma distância de 7,2 pontos porcentuais. Capriles perdeu por 11 pontos na eleição de outubro contra Chávez.
A pesquisa observou que o grupo dos que ainda estão indecisos ou não quiseram dar uma resposta aumentou para 18,4%, contra 12,2% na semana anterior.
Nesse cenário, a capacidade de mobilizar os partidos políticos torna-se ainda mais importante, especialmente porque o voto não é obrigatório no país caribenho.
Analistas disseram que não esperam participação recorde como a alcançado em outubro, de mais de 80%, mas acreditam que o pleito poderá ter envolvimento de cerca de 70% do eleitorado.
Outro estudo realizado pela empresa privada Hinterlaces, concluído em 11 de abril, e que foi visto pela Reuters, colocou a diferença entre os candidatos em 12 pontos, em comparação com um estudo anterior que os colocava a 20 pontos de distância.
Enquanto isso, uma pesquisa semanal do Instituto Venezuelano de Análise de Dados (IVAD) também mostrou uma aproximação entre os candidatos, passando de 17 pontos para 9 pontos de diferença no último estudo obtido pela Reuters, feito em 6 de abril.
A breve campanha de 10 dias foi agitada por fortes ataques verbais entre os candidatos.
Maduro tentou colar sua imagem a Chávez, enquanto Capriles apostou em promissoras soluções contra os problemas cotidianos de venezuelanos, incluindo a segurança e o alto custo de vida.
O caldo de cultura que gerou a troca áspera entre os dois levou a alguns incidentes nas últimas horas.
Sexta de manhã um jovem trabalhador da estatal petroleira PDVSA foi morto a tiros na proximidade da companhia. Segundo a empresa, um veículo se aproximou e alguém disparou aleatoriamente.
O vice-presidente do país, Jorge Arreaza, disse na sexta-feira que as autoridades "neutralizaram" várias tentativas de "desestabilização".
O Conselho Nacional Eleitoral anunciou que planeja entregar os primeiros resultados de domingo por volta das 21 horas, horário local. 

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