Gislaine Gutierre
do Agora
O armador Antonio Dias Ribeiro, 43 anos, aguarda há três anos e dois meses uma cirurgia pelo sistema municipal de saúde de São Paulo.
O operário, que teve o punho esquerdo fraturado após ter sido prensado por uma barra de ferro no trabalho, sofre com dores, inchaço e com a impossibilidade de carregar peso.
Ele diz que já foi a pelo menos cinco instituições de saúde e o que ouve é que "precisa aguardar".
"Tem noite que nem consigo dormir de tanta dor", diz Ribeiro.
A busca por tratamento, segundo ele, começou em 12 de fevereiro de 2010, data do acidente, quando foi à Santa Casa de Misericórdia, na Santa Cecília (região central de SP).
Lá, foi engessado e medicado e, após 15 dias, retornou.
Resposta
A Secretaria Municipal da Saúde informou ontem, em nota, que uma consulta com finalidade de preparar Ribeiro para a cirurgia foi marcada para o próximo dia 24, às 12h, no Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Hospital das Clínicas.
Ribeiro disse que ainda não tinha essa informação porque a data só apareceu como disponível no sistema Cross, que gerencia as vagas nos hospitais do Estado, na tarde de ontem.
Segundo a nota emitida pela pasta, as cirurgias eletivas (que não são de emergência) são priorizadas conforme a sua gravidade.
"No caso do paciente, considerado de alta complexidade, houve necessidade de informações complementares para o correto encaminhamento."
O comunicado ainda informa que um médico especialista constatou a necessidade de um centro especializado em cirurgia de mão para Ribeiro.
A secretaria admite saber que o paciente deu entrada no sistema municipal em 2010, mas não soube explicar o porquê da demora.
Só a partir da consulta no HC será possível ter uma estimativa de quando poderá ser realizada a cirurgia.
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