Prefeitura constrói moradias em área com contaminação


Folha de S.Paulo

Sem consulta prévia ao órgão ambiental do município, a Prefeitura de São Paulo constrói, há mais de um ano, um conjunto habitacional em uma área da zona oeste sob suspeita de contaminação por resíduos industriais.
A construção abrange seis prédios de moradia popular ao lado da ponte dos Remédios, na Vila Leopoldina (zona oeste de SP), pelo custo de R$ 220 milhões.
Eles poderão abrigar 1.200 famílias, além de instalações comerciais, a partir de 2015.
O terreno foi ocupado pela antiga Usina Barra Mansa, recebeu atividades industriais durante mais de cinco décadas e está sob investigação, segundo a Cetesb, a agência ambiental paulista.
Resposta
A Secretaria Municipal da Habitação afirma que a contaminação do terreno não atinge toda a área da antiga fábrica.
De acordo com a pasta, a construção foi iniciada pela quadra 3, parte do terreno que não está contaminada.
Ela entregou um relatório sobre a contaminação do local à Cetesb em março, mais de um ano depois de começar a demolição das construções que haviam no local.
Mas não deu detalhes da contaminação, informando apenas que esse problema atingiu a água subterrânea.
Segundo a secretaria, os estudos indicaram impeditivos para as unidades habitacionais na quadra 4, que "deverá aguardar execução do sistema de remediação".
A pasta não respondeu por que começou as obras sem obter licença ambiental prévia e sem informar a Cetesb.

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