Fabiana Cambricoli
do Agora
Funcionários do hospital psiquiátrico Phillippe Pinel relataram ao Ministério Público que viciados encaminhados à unidade estão usando maconha e outras drogas livremente no local.
A informação foi dada ontem por um grupo de promotores que entrou com ação civil pública contra o governo do Estado pedindo que o hospital deixe de receber dependentes químicos.
Segundo a Promotoria, a unidade, referência em tratamento de pacientes psicóticos, passou a ser usada indevidamente no acolhimento de viciados após o início do plantão judiciário de internação compulsória no Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas), em janeiro.
Resposta
A Secretaria de Estado da Saúde afirma que não há consumo ou tráfico de drogas no hospital Phillippe Pinel.
Sobre a internação de viciados na unidade, a pasta diz que "não houve prejuízo aos pacientes de outras patologias" e que quem precisa de vaga é mandado para outras unidades.
A secretaria disse que há 1.004 leitos no Estado, mas não deixou claro se são específicos para o tratamento da dependência química ou para todas as doenças mentais.
A expectativa, diz a pasta, é chegar a 1.300 leitos até 2014.
Sobre o bloqueio de leitos na Baixada, afirmou que ignora "que a alocação de pacientes é feita em qualquer região do Estado onde há disponibilidade de vagas".
A pasta não se manifestou sobre a ação civil pública. Questionada sobre a intervenção no hospital, a PM não respondeu.
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