Imprensa foi hostilizada por manifestantes e policiais

Jornal Cruzeiro do Sul

A imprensa foi hostilizada pelos manifestantes e acabou virando alvo dos policiais em São Roque. Entre os seis feridos nos confrontos de ontem estão pelo menos três jornalistas que foram atingidos por balas de borracha usadas pela Polícia Militar. Da parte dos manifestantes, a violência veio com o vandalismo e dois carros da TV Tem foram incendiados, além disso, a atuação da imprensa na cobertura do caso foi questionada com gritos e palavras de ordem. Sob acusações de facismo e sensacionalismo, os repórteres que trabalharam na cobertura do protesto de ontem preferiram esconder as credenciais para evitar agressões (ainda que verbais) por parte de alguns manifestantes 

O primeiro carro da emissora de televisão foi queimado por mascarados em resposta ao uso de bombas de gás lacrimogêneo pelos policiais que tentavam evitar que os manifestantes rompessem a barreira feita por policiais da Tropa de Choque. Os jornalistas também foram agredidos verbalmente por pessoas insatisfeitas com a cobertura feita pela mídia sobre a invasão do Instituto Royal por ativistas na madrugada de sexta-feira. Na hora que chegou o reforço da Tropa de Choque um grupo de repórteres acompanhava a tentativa de alguns ativistas em negociar com a Polícia Militar a formação de uma comissão de manifestantes para entrar no prédio do instituto.

Atendendo à ordem dos policiais os jornalistas também sentaram no chão junto com os manifestantes mas, depois da provocação verbal de alguns mascarados os policiais investiram para cima de todos. O grupo da imprensa foi acuado na entrada de uma chácara no local e, mesmo exibindo credenciais e equipamentos de imagem como câmeras fotográficas e filmadoras, todos ficaram sob a mira das Tropa de Choque e só puderam sair depois de reconhecidos por um dos policiais que participava da ação.

Durante o tumulto pelo menos três profissionais foram atingidos por balas de borracha, eles trabalhavam para O Globo, O Estado de S. Paulo e Futura Press. O Sindicato dos Jornalistas de Sorocaba e Região publicou nota de repúdio à ação policial classificando como excessivo o uso de violência. Segundo a nota o número de profissionais feridos denota falta de preparo por parte da Polícia Militar e desrespeito ao trabalho da imprensa.

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