Marcha contra Instituto Royal reúne 150 na Paulista

Grupo defende o fim dos testes científicos em animais e o aumento da pena para quem cometer maus-tratos


Jerusa Rodrigues - O Estado de S. Paulo
Cerca de 150 pessoas se reuniram na Avenida Paulista para a  Marcha da Defesa Animal, contra o Instituto Royal, de São Roque, no interior. No dia 18, a unidade foi invadida por um grupo de ambientalistas que levou os cães e os coelhos do local, usados em testes para medicamentos. O grupo defende o fim dos testes científicos em animais e o aumento da pena para quem cometer maus-tratos. Nas camisetas e cartazes, muitos levavam frases como "Crueldade Nunca Mais" e críticas ao Instituto e sua diretora, Silvia Ortiz.
Uma das organizadoras do evento é a advogada Nelma Lobo, de 53 anos, que milita na causa há seis anos. Ela administra a página da Marcha da Defesa Animal no Facebook, que convocou as pessoas para o ato de hoje e já reúne mais de 20 mil curtidas. "Estou nessa causa por amor incondicional aos animais. Nós queremos uma política pública que os proteja, como já existe em outros países. A Anvisa já sabia que o Instituto Royal maltratava os animais desde 2005", afirma a ativista. Nesta semana, em entrevista ao Estado, o instituto negou veementemente as acusações de maus-tratos.
A desenhista Guiomar de Oliveira, de 58 anos, foi outra organizadora do ato. Assim como nos anos anteriores, ela também levou sua cadela Maria, da raça schnauzer, para protestar. Já a funcionária pública, Fátima Oliveira, de 50 anos e a estudante Natalye Reis, de 21 anos, estavam com máscaras de cachorros, em homenagem aos beagles retirados do Instituto.
Essa foi a terceira vez que a vendedora Márcia Rodrigues, de 40 anos, foi à marcha. "Acho importante participar para chamar a atenção da população, só que mais importante ainda é chamar a atenção para o voto. Não adianta nada participar de todas essas marchas se não fizermos alguma coisa para mudar nas eleições."
Já as amigas Célia de Matos e Nilza Colombini, de 48 e 50 anos, respectivamente, foram ao ato pela primeira vez. "Temos de defender os animais, porque eles são indefesos, precisam do nosso apoio", afirmou Célia. "Com certeza vamos voltar nas próximas marchas", completou Nilza.
O ato terminou às 15h40, quando os manifestantes cantaram o Hino Nacional e bateram palmas, no vão do MASP. A organização afirmou que a Marcha da Defesa Animal não tem relação com partidos políticos e que apoia o grupo de ativistas que retirou os beagles do Instito Royal.

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