Norueguês de origem somali pode estar envolvido com ataque no Quênia

Hassan Abdi Dhuhulow, 23 anos, é investigado pela polícia da Noruega, de onde saiu em 2009


O Estado de S. Paulo
LONDRES - O norueguês de origem somali Hassan Abdi Dhuhulow está sendo investigado pela polícia da Noruega por possível relação com o atentado em um shopping em Nairóbi, Quênia, no mês passado, informou nesta sexta-feira, 18, a rede britânica BBC. O ataque foi cometido pela milícia radical islâmica da Somália, o Al-Shabab.
A emissora identificou o homem de 23 anos como um dos suspeitos de ajudar a planejar e executar o ataque cometido no final de setembro no shopping center Westgate, que resultou em 72 mortes. Um programa da BBC entrou em contato com um parente de Dhuhulow na Noruega que disse que o suspeito deixou a cidade de Larvik, ao sul da capital Oslo, para voltar à Somália em 2009.
Na semana passada, a polícia de serviços secretos da Noruega (PST, sigla em norueguês) informou ter enviado agentes ao Quênia para verificar informações que indicavam que um cidadão norueguês estava envolvido no atentado. Segundo a BBC, não está claro quantos militantes do grupo, vinculado à Al-Qaeda, participaram do ataque.
A polícia estimou inicialmente que entre dez e 15 integrantes do Al-Shabab estavam dentro do shopping, apesar de as imagens captadas pelas câmaras de segurança, que foram divulgadas pelas autoridades quenianas (assista abaixo) , só terem mostrado, até o momento, quatro homens como os supostos responsáveis pelo atentado. Dhuhulow poderia ser um dos quatro homens que aparecem nas gravações, segundo fontes no Quênia e na Noruega, citadas pelo programa Newsnight.
Dhuhulow nasceu na Somália, mas se mudou, com a família, para a Noruega como refugiados em 1999. Um parente dele, que falou com a BBC sob condição de anonimato, disse que após voltar à Somália em 2009, Dhuhulow fez alguns telefonemas para a família, o último há poucos meses, para comunicar que estava com problemas e queria retornar à Noruega.
Após ver as imagens captadas no centro comercial queniano, o parente de Dhuhulow afirmou à BBC: "Não sei o que sinto ou penso. Se for ele, deve ter recebido algum tipo de lavagem cerebral."
Segundo um repórter que viajou até a cidade norueguesa de Larvik, onde viveu a família de Dhululow, um dos vizinhos noruegueses dele lembrou que o suspeito "era bastante extremo, não gostava da vida na Noruega, estava sempre envolvido em problemas, brigas e que seu pai estava preocupado."/EFE

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