Orçamento Municipal 2014: 14% de aumento na folha e R$ 10 milhões a menos nos Investimentos


Jornal da Estância
Com o orçamento para 2014, as receitas cresceram 10,7% e alcançaram R$ 229 milhões, sendo que a receita de tributos subirá 12%, o IPTU crescerá 9%, e a receita de impostos atrasadas aumentará 28%, devido a ultima anistia.Já a despesa crescerá 10,4% e chegará a R$ 201 milhões.
O prefeito de São Roque terá apenas 1% de margem de remanejamento, ou seja, pouco mais de R$ 2 milhões. O atual prefeito enviou uma peça orçamentária que prevê  aumentar o superávit primário, despesas para cobrir as dívidas, e com isto o prefeito não poderá gastar R$ 28 milhões de reais e, além disto, prevê a redução de R$ 9,2 milhões  de investimentos , ou seja, recursos para obras.

O pior é que se esperava que com o orçamento feito pelo novo prefeito se iria ampliar as obras e melhorar a infraestrutura da cidade, não é isto que se vê. Em 2012, último ano da gestão anterior, os investimentos previstos eram de R$ 29, 3 milhões e agora chegará apenas a R$ 13,8 milhões, ou seja, R$ 15 milhões a menos.

Os principais cortes para investimentos se concentram na educação, onde os recursos previstos caíram de R$ 10,4milhões para R$ 474 mil , queda de 95%. Na habitação, se previa R$ 1 milhão para obras para a construção de casas populares e para 2014 não se prevê um centavo. No departamento de obras, a queda será de R$ 6,2 milhões, sendo que R$ 3,8 milhões para investimentos. Na saúde, os investimentos crescem 46% devido ao crescimento dos recursos do governo federal .

Cargos em comissão crescem 80% e gasto com pessoal sobe 14%

A queda do investimento é uma opção equivocada da prefeitura que está priorizando o crescimento do gasto de pessoal , que subirá de 14,1%, passando de R$ 89 para 100 milhões. Este crescimento inclui a contratação de novos funcionários, o reajuste ou aumento salarial e talvez a ampliação dos funcionários em comissão, que do governo anterior para este já cresceram 80%.

Para termos um idéia no final de 2012, o gasto de pessoal representava 37,7% da receita e agora a prefeitura prevê para 43,84%, que revela um crescimento estrondoso.

A ampliação da tercerização ,especialmente no planejamento e na educação,  que pularam de R$ 69 milhões para 85 milhões, um crescimento de 22%.0departamento de planejamento  e meio ambiente terá sua verba aumenta em R$ 670%, pulando de R$ 700 mil para R4 5,2 milhões.

Na educação ainda chama a atenção o corte de R$ 1 milhão na diretoria da merenda escolar, quando os repasses federais para esta até cresceram 27%, pulando de R$ 1 milhão para R$ 1,3 e o estado dobrou os recursos para o ensino médio que alcançaram R$ 352 mil.

Na cultura, haverá incrementos de recursos de R$ 1,18 para R$ 1,97 milhão, um crescimento de 67%.

Esta política de aumentar a tercerização e o gasto com pessoal e diminuir obras, aliada a falta de rumo da atual gestão pode ainda mais tornar a estrutura da cidade mais precária, e com isso se sentirá na pele a falta do carinho tão anunciado na campanha eleitoral.







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