Folha de São Paulo
Com celulares, presos têm aplicado o golpe do falso acidente em idosos e aposentados de classe média alta, moradores de bairros como Moema, Ibirapuera, Campo Belo, Brooklin e Planalto Paulista, na zona sul de São Paulo.
De acordo com a polícia, por dia, os presos fazem 150 ligações para vítimas.
Em apenas um inquérito, a Polícia Civil ouviu 25 vítimas. Os golpes foram aplicados entre março e outubro por um preso já identificado da Penitenciária José Parada Neto, em Guarulhos (Grande SP), e por outros não identificados do CDP (Centro de Detenção Provisória) do Belém, na zona leste da capital.
Segundo polícia, os presos contam com a ajuda de comparsas nas ruas para coletar os dados das vítimas.
Geralmente, o golpista se passa por sobrinho da vítima, diz que bateu o carro e que precisa de dinheiro para pagar o conserto e as despesas hospitalares dos demais envolvidos no acidente.
Muitas vezes, o preso afirma que a vítima do acidente está sendo levada para o Hospital Albert Einstein.
Entre as vítimas está uma radialista de 61 anos, que perdeu R$ 101.160 em abril. Uma pensionista de 79 anos transferiu R$ 38.350 para três contas fornecidas pelo golpista.
A polícia vai indiciar por estelionato o preso identificado e tenta rastrear as contas correntes que receberam os depósitos.
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