Procon lança ranking on-line de reclamações em Sorocaba

Jornal Cruzeiro do Sul
A Fundação Procon-SP lançou o ranking on-line, com as empresas que recebem mais reclamações. Os Grupos Vivo, Itaú Unibanco e Votorantim lideram, em Sorocaba. A classificação estadual é baseada nos registros de atendimento de 26 Procons do Estado de São Paulo, incluindo Sorocaba. O Procon faz a atualização diariamente. O ranking está disponível no sitewww.procon.sp.gov.br.

Em Sorocaba, o ranking no acumulado do ano, até ontem (3), tinha o Grupo Vivo em 1º lugar (com 707 atendimentos e 82% de soluções), seguido por Grupo Itaú Unibanco (653 atendimentos e 86% de soluções) e Grupo Votorantim (513 atendimentos e 83% de soluções). Em 4º lugar na classificação está o Grupo Bradesco (509/88,8%), em 5º o Grupo Claro (499/84,6%), em 6º o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) (468/82%), em 7º o Grupo Net (361/88,6%), em 8º o Grupo Santander Real (293/85,9%), em 9º o Grupo Pão de Açúcar/Extra/Ponto Frio/Casas Bahia (280/88,2%) e em 10º a Sky (232/91,6%).

As queixas por cobrança indevida/abusiva (com 232) foram as principais contra o Grupo Vivo em Sorocaba. Em seguida, estão dúvidas sobre cobrança/valor/reajuste/contrato/orçamento (147). Quanto ao Grupo Itaú Unibanco, em primeiro vem cobrança indevida (347) e em segundo questões de contrato: não cumprimento, alteração, transferência, irregularidade, rescisão, etc (135). Em relação ao Saae, o Procon de Sorocaba registrou 259 atendimentos de cobrança indevida/abusiva, 173 de dúvida sobre cobrança/valor/reajuste/contrato/orçamento.

O chefe da Seção de Normas, Comercialização e Contratos, do Procon de Sorocaba, Edgar Aparecido Ferreira da Silva, afirma que com o ranking on-line o consumidor poderá saber quais as empresas com maior número de reclamações e ter opções de escolha na hora de comprar um produto ou assinar contrato de prestação de serviço. A divulgação também deve fazer as empresas tentarem reduzir as queixas, a fim de baixarem de posição do ranking do Procon.

Silva explica que no link do ranking, no site do Procon, pode-se fazer a consulta da proporção de soluções apresentadas de cada empresa, que é um item importante e mostra o empenho, ou não, em resolver o problema. A porcentagem média se situa na faixa de 80% a 90%. Um índice de solução de 60% é considerado baixo.

De acordo com o chefe da Seção de Normas, Comercialização e Contratos, do Procon de Sorocaba, os dados sobre taxas de solução deixam claro que quem encaminha sua queixas obtém retorno na maioria das vezes. Por isso, é importante procurar uma unidade do Procon ao ter os direitos desrespeitados. Os números também servem para as empresas serem advertidas se um tipo de falha estiver ocorrendo com frequência.

A frentista Solange Silva possui um celular pré-pago e há cerca de seis meses teve o plano alterado, sem sua autorização. Ela costuma comprar R$ 35 de créditos por mês e o valor da mensalidade no pós-pago passou a R$ 50. Solange conta que não chegou a procurar o Procon, mas ligou para a operadora de celular reclamando e cobrando uma solução, que só ocorreu depois de um mês. A mudança de plano gerou um problema para ela, que ficou algumas semanas sem poder usar normalmente o celular. Apesar do problema, Solange continua com a mesma operadora.

O taxista Fernando César Pin também teve dissabor com uma linha de crédito oferecida pelo banco e operadora de cartão de crédito, para manutenção do carro com que trabalha. O valor limite era de R$ 2.400, segundo ele, que levou o veículo para uma revisão periódica e o pagamento não foi autorizado. A explicação que deram, conforme o taxista, foi que ele havia feito outros gastos com o cartão. "Mas não atingi o limite", justifica Pin. Para ele, a operadora de cartão ou o banco deveriam ter-lhe explicado quais eram as condições de uso, para não ser surpreendido. O taxista precisou pagar a revisão com outros cartões de crédito.

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