São Roque:Ativistas fazem protesto em frente a laboratório

Jornal Cruzeiro do SulUm grupo de ativistas da Frente Antivivisseccionista do Brasil está reunido em frente à sede do Instituto Royal, em São Roque, desde a madrugada do último sábado (12), onde realizam protesto contra as atividades exercidas pela empresa. O movimento reivindica o fechamento do laboratório sob a acusação da prática de atos de crueldade contra animais em meio a testes com produtos farmacêuticos. O grupo garante ter juntado uma série de provas que atestam o exercício de atividades irregulares no local e agora cobram o apoio da Prefeitura de São Roque e também uma ação efetiva do Ministério Público (MP) na causa. O Instituto Royal foi procurado pelo jornal Cruzeiro do Sul para se pronunciar sobre o assunto, porém, ninguém da empresa foi localizado pela reportagem.

A princípio, membros do grupo chegaram a ficar acorrentados ao portão da empresa, localizada no quilômetro 56 da rodovia Raposo Tavares, e alguns fizeram inclusive greve de fome. Os manifestantes já estiveram reunidos com o prefeito de São Roque, Daniel de Oliveira Costa (PMDB), na última terça-feira, e também receberam por parte do Instituto Royal o parecer contrário às reivindicações. De acordo com a ativista Adriana Khouri, a luta do grupo é para que as atividades exercidas no local sejam totalmente interrompidas. Segundo ela, as irregularidades detectadas no laboratório do instituto vão muito além dos atos criminosos praticados contra os animais. "Estamos repudiando a conduta do instituto, que é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), se utiliza de dinheiro público e não tem as licenças e alvarás para executar as atividades que pratica", explica.

Na luta pela desativação do laboratório, os ativistas cobram e esperam contar com com o apoio de esferas do setor público na causa. "O que estamos querendo é o cumprimento da lei. E temos a certeza de que cabe ao Ministério Público fazer valer a aplicação dela", pondera Adriana. Para isso, o grupo se reuniu com representantes do MP na cidade na tarde de ontem. Aliás, as reuniões têm sido o único motivo a fazer os manifestantes deixarem o local. Eles já estiveram reunidos com o prefeito de São Roque nesta semana, quando o poder público tomou ciência da situação, e hoje voltam a se encontrar em uma tentativa de conciliação entre as partes. No entanto, Adriana rechaça a possibilidade de qualquer acordo. 

Entre as provas relatadas, Adriana afirma que próximo ao laboratório foram encontrados restos de cadáveres de animais e sangue. "Além disso, em determinados horários é possível ouvir gritos dos animais", conta. Segundo ela, há o registro de cães que foram utilizados como cobaia dentro do instituto deixaram o local com os dentes prejudicados e a pele machucada, entre outros sinais de tortura. O grupo já planejou para o fim de semana mais manifestações, que deverão contar com a participação de mais ativistas, tanto em São Roque quanto na Capital.
A Prefeitura de São Roque também foi questionada pelo Cruzeiro do Sul sobre seu posicionamento e o conhecimento das atividades realizadas pelo Instituto Royal no município, porém, até o fechamento desta edição, não deu retorno à reportagem. (César Santana - programa de estágio)

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