César Santana
cesar.santana@jcruzeiro.com.br
programa de estágio
Há pelo menos seis meses, vários bairros da cidade de São Roque deixaram de contar com o serviço de coleta do lixo reciclável a domicílio. A interrupção aconteceu sem que houvesse uma justificativa por parte dos responsáveis pelo recolhimento do material e, desde então, em bairros como Vila Amaral, Parque Aliança, Jardim Conceição, Vila Mike e Vila Santa Rosália, por exemplo, os resíduos coletados não são separados, permanecendo juntos tanto o lixo orgânico quanto o reciclável.
Segundo relatam moradores desses bairros, no mês de abril deste ano foi distribuído um informativo comunicando em quais locais o serviço teria continuidade. Logo depois, os sacos destinados à separação do lixo reciclável não foram mais disponibilizados e o caminhão responsável pela coleta do material reutilizável não foi mais visto. Alguns garantem ainda ter reivindicado a retomada do serviço, porém a solicitação não deu resultado. A Prefeitura de São Roque foi questionada pelo Cruzeiro do Sul sobre os motivos dessa interrupção, bem como o critério utilizado para selecionar os bairros que continuariam a ter o serviço, porém até o fechamento desta edição, não deu retorno à reportagem.
Enquanto isso, para quem não deixa de fazer a separação correta dos resíduos, a sensação que fica é a de que o trabalho é em vão, tendo em vista que o material acaba se misturando no momento da coleta. É o que sente a aposentada Odila Francisca da Silva, moradora do Parque Aliança, que ainda procura uma justificativa para o fato. "Eu separo o lixo e coloco pra fora todas as terças-feiras, mas ele acaba sendo levado pelo serviço de coleta comum. Pagamos todos os nossos impostos em dia, mas quem recebe esse dinheiro é que acaba não cumprindo com as obrigações tem", lamenta.
Já o autônomo Edson Ponse, morador da Vila Santa Rosália, encontrou uma alternativa para continuar dando a destinação correta ao lixo reciclável, mesmo sem contar com o serviço de coleta em sua rua. "Tem um rapaz que passa aqui pegar, então deixamos tudo separado", diz. Ele conta inclusive que em conversa com o mesmo homem que faz o serviço na região, foi informado de que a interrupção na separação do material orgânico do reciclável já tem resultado em problemas mais sérios. "Esse rapaz comentou até que o aterro sanitário para onde é levado o lixo está ficando cheio, porque está sendo depositado plástico e outros materiais que demoram mais para se decompor", alerta.
Além dos locais onde o serviço era prestado normalmente até o primeiro semestre deste ano, existem pontos do município também que jamais tiveram a coleta do lixo reciclável. É o caso de algumas regiões afastadas da área central do município, como os bairros do Carmo, Sorocamirim e Maylasky, este último onde mora a dona de casa Aline da Silva Souza, que também acaba tendo de encontrar uma solução para fazer a separação correta do lixo. "Aqui em casa a gente junta todo o lixo reciclável e leva para a casa da minha mãe, onde o caminhão passa uma vez por semana", conta.
A Prefeitura de São Roque também foi questionada pelo Cruzeiro do Sul sobre os bairros que nunca contaram com a coleta de lixo reciclável e uma possível disponibilização desse serviço aos moradores desses locais, porém o órgão também não se manifestou sobre o assunto. (Supervisão: Daniela Jacinto)
cesar.santana@jcruzeiro.com.br
programa de estágio
Há pelo menos seis meses, vários bairros da cidade de São Roque deixaram de contar com o serviço de coleta do lixo reciclável a domicílio. A interrupção aconteceu sem que houvesse uma justificativa por parte dos responsáveis pelo recolhimento do material e, desde então, em bairros como Vila Amaral, Parque Aliança, Jardim Conceição, Vila Mike e Vila Santa Rosália, por exemplo, os resíduos coletados não são separados, permanecendo juntos tanto o lixo orgânico quanto o reciclável.
Segundo relatam moradores desses bairros, no mês de abril deste ano foi distribuído um informativo comunicando em quais locais o serviço teria continuidade. Logo depois, os sacos destinados à separação do lixo reciclável não foram mais disponibilizados e o caminhão responsável pela coleta do material reutilizável não foi mais visto. Alguns garantem ainda ter reivindicado a retomada do serviço, porém a solicitação não deu resultado. A Prefeitura de São Roque foi questionada pelo Cruzeiro do Sul sobre os motivos dessa interrupção, bem como o critério utilizado para selecionar os bairros que continuariam a ter o serviço, porém até o fechamento desta edição, não deu retorno à reportagem.
Enquanto isso, para quem não deixa de fazer a separação correta dos resíduos, a sensação que fica é a de que o trabalho é em vão, tendo em vista que o material acaba se misturando no momento da coleta. É o que sente a aposentada Odila Francisca da Silva, moradora do Parque Aliança, que ainda procura uma justificativa para o fato. "Eu separo o lixo e coloco pra fora todas as terças-feiras, mas ele acaba sendo levado pelo serviço de coleta comum. Pagamos todos os nossos impostos em dia, mas quem recebe esse dinheiro é que acaba não cumprindo com as obrigações tem", lamenta.
Já o autônomo Edson Ponse, morador da Vila Santa Rosália, encontrou uma alternativa para continuar dando a destinação correta ao lixo reciclável, mesmo sem contar com o serviço de coleta em sua rua. "Tem um rapaz que passa aqui pegar, então deixamos tudo separado", diz. Ele conta inclusive que em conversa com o mesmo homem que faz o serviço na região, foi informado de que a interrupção na separação do material orgânico do reciclável já tem resultado em problemas mais sérios. "Esse rapaz comentou até que o aterro sanitário para onde é levado o lixo está ficando cheio, porque está sendo depositado plástico e outros materiais que demoram mais para se decompor", alerta.
Além dos locais onde o serviço era prestado normalmente até o primeiro semestre deste ano, existem pontos do município também que jamais tiveram a coleta do lixo reciclável. É o caso de algumas regiões afastadas da área central do município, como os bairros do Carmo, Sorocamirim e Maylasky, este último onde mora a dona de casa Aline da Silva Souza, que também acaba tendo de encontrar uma solução para fazer a separação correta do lixo. "Aqui em casa a gente junta todo o lixo reciclável e leva para a casa da minha mãe, onde o caminhão passa uma vez por semana", conta.
A Prefeitura de São Roque também foi questionada pelo Cruzeiro do Sul sobre os bairros que nunca contaram com a coleta de lixo reciclável e uma possível disponibilização desse serviço aos moradores desses locais, porém o órgão também não se manifestou sobre o assunto. (Supervisão: Daniela Jacinto)
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