Dilma não recebeu contrato de Pasadena com antecedência, afirma ministro

Responsável pela Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann refutou acusação feita por advogado de ex-diretor da Petrobrás


Rafael Moraes Moura e Tânia Monteiro - Agência Estado
Brasília - O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, disse na noite desta quarta-feira, 2, que a presidente Dilma Rousseff não recebeu previamente o contrato referente à compra da refinaria de Pasadena, na época em que presidia o conselho de administração da Petrobrás.
Presidente não teria visto contrato polêmico sobre Pasadena antes da compra, diz ministro - Wlton Junior/Estadão
Wlton Junior/Estadão
Presidente não teria visto contrato polêmico sobre Pasadena antes da compra, diz ministro
A fala de Traumann é uma resposta ao advogado do ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, Edson Ribeiro. O defensor de Cerveró afirmou nesta quarta que os membros do Conselho Administrativo da estatal receberam, com 15 dias de antecedência, a cópia da proposta de contrato para a compra de metade da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), da trading belga Astra Oil.
O advogado chegou a afirmar ainda que Cerveró "não se conforma e está indignado de ser colocado como bode expiatório".
Mais cedo, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, outro membro do Conselho de Administração da estatal quando a compra da refinaria foi aprovada, também negou que os integrantes do órgão tenham recebido a proposta de contrato do negócio com 15 dias de antecedência à reunião.
Nestor Cerveró era diretor da área internacional da Petrobrás em fevereiro de 2006, quando o Conselho de Administração, presidido pela então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, aprovou a negociação. Ele é autor do resumo executivo classificado por Dilma como "incompleto" e "jurídicamente falho", que teria fundamentado a decisão do conselho.
Ao todo, a Petrobrás pagou US$ 1,2 bilhão, em duas etapas, para comprar uma refinaria que, em 2005, custou US$ 42,5 milhões à Astra Oil - quase 28 vezes menos.
O diretor deixou a Petrobrás em abril de 2012, sendo nomeado para a diretoria da BR Distribuidora. Após a repercussão negativa do caso, ele foi exonerado da diretoria financeira da BR Distribuidora no dia 21.

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