SIP analisa conteúdos móveis e o futuro da informação na rede

Reunião de Meio de Ano da entidade debateu, em Barbados, como novos públicos e publicidade vão migrar para outras mídias


GABRIEL MANZANO - O Estado de S.Paulo
As páginas de internet, como hoje as conhecemos, "em breve serão coisa do passado" e qualquer conteúdo que se publique daqui para a frente "tem de adaptar-se aos dispositivos móveis". Foi com essas previsões que o jornalista espanhol Adrian Segovia (do grupo de El País) deu o tom do primeiro dia da Reunião de Meio de Ano da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), em Bridgetown, capital de Barbados, no Caribe. Até segunda-feira, cerca de 200 jornalistas e editores da América Latina debaterão nesta cidade os problemas da imprensa - em especial a liberdade de expressão no continente.
Segovia dividiu com seu colega Juan Luís Alonso, também do El País, o debate sobre como aumentar o faturamento em plataformas digitais. Alonso traçou uma evolução da publicidade em vídeo, que vem crescendo em alta escala. Está em curso, disse ele, uma forte migração dos hábitos de consumo, da TV para plataformas móveis.
Mais tarde, Diana Sánchez, uma analista de tecnologia, abriu o debate "A Web está ficando obsoleta?" O futuro, disse ela, aponta para um fluxo integrado - e interminável - de conteúdo. No ultimo seminário, Xavier Rius, da empresa Netsonic, da Costa Rica, previu que "a tecnologia é o que vai dominar a publicidade em mais quatro anos". O Google, definiu, "é publicidade pura" e exemplo dessa tendência.
A Reunião da SIP prossegue hoje com a leitura dos relatórios sobre a imprensa, país por país, e um debate que promete ser intenso sobre restrições à informação na Venezuela.

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