UPA abre sem ortopedistas e com espera de até sete horas

Paula Felix

do Agora
Falta de ortopedistas, espera de até sete horas por atendimento e reclamações dos pacientes.
Foi em uma situação caótica que a primeira UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da capital, no Campo Limpo (zona sul), começou a funcionar ontem.
As UPAs são um programa do governo Dilma Rousseff (PT).
O Ministério da Justiça repassa verba para a prefeitura implantar e manter a unidade.
Ontem, logo na entrada da UPA paulistana, por volta das 13h, uma funcionária que distribuía as senhas disse que a unidade estava sem ortopedistas.
Ela avisou que o tempo médio de espera para atendimento era de até quatro horas, mas a reportagem encontrou pacientes que esperaram até sete horas.
O local estava lotado e algumas pessoas estavam sentadas no chão.
Resposta
A Secretaria Municipal da Saúde confirmou a falta de quatro ortopedistas na unidade e disse que há um processo de seleção de profissionais sendo realizado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, que administra a UPA.
A pasta diz que, enquanto os ortopedistas não chegam, os atendimentos serão feitos no Hospital do Campo Limpo.
Sobre a demora, a secretaria informou que ela foi causada pela "alta procura pela unidade".
A pasta disse que até as 18h de ontem, foram abertas 738 fichas. A capacidade é de 1.000 atendimentos.
A assessoria disse que a unidade conta com dois aparelhos de raio X e ambos estavam funcionando, mas um era direcionado apenas para pacientes em observação.
Em relação ao banheiro feminino, disse que uma equipe fez os reparos na tarde de ontem.
Resposta
A Prefeitura de São Paulo afirmou, por meio de nota, que não vai reabrir o portão do clube.
Segundo a Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, um decreto municipal do ano passado transformou "o antigo clube escola de modelismo" em "Centro Esportivo e de Lazer Modelódromo".
Por causa disso, afirma a pasta, foi necessário cumprir normas e procedimentos para uma "melhor e mais segura participação dos usuários".
A prefeitura disse também que o clube não é área pública como "praças, ruas e avenidas".
Segundo a pasta, antes de o portão ser fechado, "houve duas tentativas de invasão" fora do horário de funcionamento.
A pasta diz que o fechamento "foi elogiado pelos usuários do clube".

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