Agência investiga se Sabesp faz racionamento de noite

Felipe Amorim

do Agora
As queixas de que a Sabesp tem cortado o fornecimento de água à noite, como uma espécie de rodízio camuflado no abastecimento, serão investigadas pela Arsesp (agência estadual de saneamento básico), órgão do governo que fiscaliza o serviço de água no Estado.
A decisão, em meio à crise hídrica do sistema Cantareira, foi tomada a partir de queixas de falta de água recebidas e da fiscalização da Arsesp.
A investigação partiu de reclamação de uma moradora de Itaquaquecetuba (Grande SP), mas a Arsesp vai apurar falhas na capital e na Grande São Paulo.
"Estamos começando a investigar essa questão, porque a Sabesp diz que não há racionamento, mas o que a gente ouve falar é que nas casas não está chegando água à noite", diz o superintendente de Fiscalização de Saneamento Básico da Arsesp, Armando Yamada.
"[O objetivo] É ver se realmente está havendo falta de água e se está tendo racionamento", diz Yamada.
Resposta
A Sabesp informou que a redução da pressão à noite pode ocorrer em áreas da Grande São Paulo como forma de evitar vazamentos, e é parte de política permanente da empresa.
A medida, diz a Sabesp, não é forma de racionamento nem tem relação com a seca nos reservatórios.
A Sabesp diz que a redução da pressão não provoca falta de água, pois o mínimo recomendado é seguido.
Segundo a Sabesp, casos de falta de água são momentâneos, para transferir água de outros sistemas para regiões antes abastecidas pelo Cantareira.
Segundo a companhia, não há registro de queixa por parte da moradora da casa analisada pela Arsesp em Itaquaquecetuba.

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