Camelôs voltam às ruas da capital em grupos pequenos

Para especialistas, o avanço da atividade ilegal <br>é resultado do recuo da fiscalização, de responsabilidade da prefeitura e da PM

Amanda Gomes

do Agora
Uma nova invasão de camelôs começou em São Paulo. Nas duas últimas semanas, o Agorapercorreu as cinco regiões da capital e detectou avanço dos ambulantes, que agora preferem se concentrar em pequenos grupos.
A reportagem também entrevistou camelôs que passaram a atuar nos últimos meses e, ainda, os que tinham parado, mas decidiram voltar à atividade.
Para especialistas, o avanço da atividade ilegal é resultado do recuo da fiscalização, de responsabilidade da prefeitura e da PM.
O ambulante David Guilherme dos Santos, 19 anos, ex-motoboy, é um dos novos ambulantes irregulares da cidade.
Ele vende pipoca e batata perto do largo Treze, em Santo Amaro (zona sul), há dois meses. "Foi mais difícil aprender a fazer pipoca do que fugir da polícia", disse.
A Prefeitura de São Paulo e a Polícia Militar não se manifestaram sobre o aumento do número de camelôs na cidade.
A Guarda Civil Municipal respondeu aos questionamentos de forma pontual. Disse que a fiscalização na praça Marechal Deodoro continua ocorrendo normalmente e que de janeiro a maio deste ano apreendeu 26.090 produtos que eram vendidos irregularmente na região central.
Na Lapa, diz a GCM, as equipes de fiscalização e apreensão atuam diariamente na rua 12 de outubro e seu entorno, assim como no túnel da estação da Lapa, na Lapa de Baixo.
A PM também não se manifestou sobre a redução do número de policiais na Operação Delegada.

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