Uma das vítimas informou ser noiva do suspeito preso em Sorocaba.
Homem conhecia as vítimas pela internet e conseguiu mais de R$ 400 mil.
O surgimento de uma nova vítima ampliou as investigações sobre um homem de 41 anos preso suspeito de se passar por delegado da Polícia Federal e outras profissões, além de ter praticado outros crimes como a extorsão a três mulheres e estupro de uma criança e uma adolescente, em Sorocaba (SP). De acordo com as investigações coordenadas pelo 1º Distrito Policial, Wilson Rogério Rosa enganou pelo menos sete mulheres enquanto esteve em liberdade condicional.
No dia da abordagem da polícia, uma mulher ligou para o celular de Wilson que estava em posse dos policiais dizendo ser noiva dele e que estava preocupada com seu “desaparecimento”. Conforme as investigações, o suspeito dizia ser psiquiatra e morava com a vítima, de 43 anos, em uma casa em Itu (SP) desde fevereiro deste ano. Dela, o golpista extorquiu pelo menos R$ 85 mil com a promessa de que um veículo de luxo seria comprado com desconto devido a sua “posição social”.
Com base nas novas informações, a polícia suspeita de sete vítimas, todas mulheres que Wilson persuadiu por meio de sites de relacionamento. Ao todo, são estimados mais de R$ 400 mil retirados das mulheres entre automóveis de luxo e dinheiro. A Polícia investiga agora o paradeiro do dinheiro e estuda pedir a quebra do sigilo bancário para tentar encontrar a quantia.
Um notebook também foi apreendido e será desbloqueado. Segundo relato das vítimas, o suspeito informava que o computador armazenava informações sigilosas da Polícia Federal e por isso ninguém devia mexer. Ele foi preso em flagrante porque no momento portava uma arma e encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba.
Entenda o caso
Conforme as investigações coordenadas pelo 1º Distrito Policial há quase cinco meses, Wilson utilizava fardas para se passar por delegado da Polícia Federal e aplicar golpes, principalmente em mulheres. Ele afirmava para as vítimas ter passado recentemente em um concurso para juiz federal e aguardava ser chamado. Além disso, o homem alegava que acumulava funções e dizia fazer parte do Exército e da Marinha Brasileira.
Conforme as investigações coordenadas pelo 1º Distrito Policial há quase cinco meses, Wilson utilizava fardas para se passar por delegado da Polícia Federal e aplicar golpes, principalmente em mulheres. Ele afirmava para as vítimas ter passado recentemente em um concurso para juiz federal e aguardava ser chamado. Além disso, o homem alegava que acumulava funções e dizia fazer parte do Exército e da Marinha Brasileira.
Durante o período de um ano e meio, ele aplicou golpes em pelo menos três mulheres. Em um dos casos, uma gerente de banco com quem ele mantinha relacionamento sofreu prejuízo de pelo menos R$ 70 mil entre empréstimos e financiamentos de carros de luxo. Segundo a polícia, ele afirmava para a vítima que fazia parte de um “esquema” que faria com que o dinheiro dobrasse de valor. Além disso, alegava que a quantia também seria destinada a um advogado responsável pela separação.
Além da vítima, o suspeito mantinha um relacionamento com outras duas mulheres. De uma delas, dona de uma livraria na Vila Progresso, ele extorquiu pelo menos R$ 20 mil e também conseguiu dinheiro de uma idosa com o uso do cartão de benefício de aposentadoria dela. Ao todo, a polícia suspeita que ele tenha conseguido mais de R$ 100 mil.
Com ele foram localizadas cápsulas calibre 357, munição de uso restrito e, por isso, foi detido por porte ilegal de armas. No entanto, durante a prisão, ele jogou o celular contra a parede, o que fez com que a polícia desconfiasse que ele estava tentando eliminar o conteúdo do aparelho telefônico.Respeitado pelos vizinhos
Segundo a polícia, o suspeito morava em um condomínio em Itu e era respeitado pela “posição social” que tinha. Por andar com fardas e afirmar que fazia parte do Exército, o homem era reconhecido pelos vizinhos e chamado até de “doutor”. Na última sexta-feira (27), ele foi surpreendido pela polícia em um shopping localizado no bairro Santa Rosália acompanhado de uma das mulheres e resistiu à prisão.
Depois de desbloquear o aparelho, os policiais encontram imagens de abuso sexual de duas adolescentes, uma de 11 e outra de 16 anos, filhas da mulher com quem ele morava no condomínio de Itu. Conforme as imagens, foi constatado que o suspeito abusava sexualmente das meninas, que ficavam vendadas.
Estupro diário
Questionadas, uma das meninas informou para a polícia que os abusos eram diários. Ainda de acordo com o depoimento, o estupro fazia parte de um “tratamento utilizado para emagrecer”, onde o homem dizia que as meninas precisavam ser vendadas para que o laser, material que ele teria aprendido a utilizar no Exército, não as cegassem.
Questionadas, uma das meninas informou para a polícia que os abusos eram diários. Ainda de acordo com o depoimento, o estupro fazia parte de um “tratamento utilizado para emagrecer”, onde o homem dizia que as meninas precisavam ser vendadas para que o laser, material que ele teria aprendido a utilizar no Exército, não as cegassem.
A dupla alegou ainda que o suspeito utilizava anestésicos antes de praticar os estupros e que elas não deviam contar sobre o “tratamento” para a mãe. Imagens do celular comprovam as ações e mostra também que ele prometia aparelhos eletrônico em troca das relações sexuais.
Na casa do suspeito os policiais encontraram diversas fardas, o anestésico que usava nas meninas durante os atos sexuais, um aparelho de laser que ele dizia usar no “tratamento”, além de outros objetos e medicamentos. Duas das vítimas, incluindo a mãe das meninas, registraram boletim de ocorrência, no entanto, a polícia suspeita que outras mulheres tenham sido vítimas dos crimes praticados pelo golpista.
Conforme análises da polícia, o homem esteve 17 anos preso por estupro, estelionato e latrocínio. O golpista estava em liberdade condicional há pouco mais de um ano, período onde os crimes foram registrados em Sorocaba. Ele foi preso em flagrante e encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba.
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