Grupo invade casas de conjunto habitacional em São Roque

Ao todo, 152 residências foram tomadas na madrugada.

Local aguardava aprovação de projeto na câmara para término da obra.

Adriane SouzaDo G1 Sorocaba e Jundiaí
Mais de 150 famílias invadiram casas do Conjunto Habitacional Lago dos Patos em São Roque, na madrugada deste sábado (12). Segundo informações da assessoria de imprensa da prefeitura do município, a obra das residências foi interrompida em 2013 e seria retomada em breve, após a aprovação de um novo projeto pela câmara. O grupo utilizou a área verde nos fundos do residencial e as ruas ao redor para entrar. 
A Guarda Civil Municipal recebeu denúncias anônimas de que havia dezenas de pessoas invadindo um conjunto habitacional do bairro Paisagem Colonial no começo da madrugada. Apesar de ter enviado várias viaturas, os GCMs não conseguiram conter a invasão, pois as pessoas chegavam de várias partes. Algumas famílias chegaram a trazer mudança. A Polícia Militar também esteve no local.
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O Conjunto Habitacional Lago dos Patos teve sua construção iniciada em 2010 pelo programa PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal. Segundo a prefeitura, o investimento foi superior a R$ 6 milhões. A empresa vencedora da licitação abandonou a obra em 2013, após ter gasto o equivalente a R$ 5 milhões, deixando a obra pela metade.
Pouco antes disso, as 152 casas populares já tinham sido sorteadas e as famílias já tinham as chaves do imóvel. Enquanto o poder público e a empresa privada tentavam acordo, os imóveis foram saqueados. Criminosos levaram pias, portas, janelas e até vasos sanitários.

Neste ano, foi disponibilizado mais de R$ 5 milhões para o término das obras. O projeto aguarda a aprovação da Câmara Municipal. De acordo com a prefeitura, entre os invasores estão os contemplados com as casas e pessoas do município de Itapevi.

O poder público estuda a possibilidade de entrar com o processo de reintegração de posse na área invadida para que as obras sejam retomadas assim que o projeto for aprovado. As famílias que foram beneficiadas com as casas fazem parte do grupo prioritário do município, ou seja, pessoas que vivem em situação de risco, barracos ou em outras áreas irregulares.

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