Hospitais estaduais têm 450 leitos inativos na capital

Paciente em maca, ontem à tarde, em corredor do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, na zona norte

Léo Arcoverde

do Agora
Os 18 hospitais estaduais da capital administrados diretamente pela gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) possuíam, em maio, 450 leitos inativos.
É o que apontam dados da Secretaria de Estado da Saúde obtidos pelo Agora por meio da Lei de Acesso á Informação.
Esse número representa 13,5% dos 3.334 leitos existentes nesses hospitais.
Esse conjunto de unidades engloba alguns dos grandes hospitais gerais situados na periferia da cidade, como o de Taipas (zona norte) e o de São Mateus (zona leste).
Essa relação foi enviada pela secretaria após a reportagem perguntar, em junho, qual era o número de leitos hospitalares instalados em cada um dos hospitais estaduais da capital, quantos estavam em operação e desativados e o motivo de os leitos estarem sem uso.
Resposta
A Secretaria de Estado da Saúde disse em nota que, na maioria dos hospitais citados pela reportagem, os leitos estão inativos por causa "da necessidade de obras de reforma ou manutenção".
A pasta não especificou o motivo de os leitos estarem inativos em cada um dos hospitais.
"São situações específicas e pontuais e que podem mudar a qualquer momento. Além disso, há casos em que os pacientes internados necessitam, por indicação clínica, de isolamento total, o que impede que os leitos de internação próximos a eles sejam ocupados", disse, em nota.
De acordo com a secretaria, a rede estadual dispõe de 11,9 mil leitos na capital.
Desses, 412 estão inativos atualmente, "3,46% do total".
Não informou, no entanto, quantos estão sob administração direta do Estado, uma vez que, na rede, há leitos de hospitais particulares e de entidades filantrópicas, por exemplo.
A pasta afirmou que as pacientes do Mandaqui foram atendidas após "menos de uma hora" e não comentou as macas no corredor.

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