Menino de 3 anos morreu carbonizado em Mairinque.
Bombeiros demoraram 10 minutos para chegar ao local.
Na lista dos municípios com até 50 mil habitantes na região, Porto Feliz (SP) é uma das poucas que tem uma unidade do Corpo de Bombeiros completa. O prédio funciona 24 horas e tem 20 pessoas trabalhando, sendo 10 policiais militares e 10 servidores públicos que prestaram concurso para a função de bombeiro municipal. Embora desempenhem o mesmo trabalho, existem algumas diferenças: como foram contratados por concurso, devem respeitar as leis trabalhistas, ou seja, não podem dar plantões de um ou dois dias diretos. A roupa também igual do bombeiro militar, mas a preparação é tão rigorosa quanto. "Fizeram um curso na Escola Superior de Bombeiros, que é da Polícia Militar, passaram por todo treinamento que os bombeiros militares também passam. Eles são altamente capacitados para trabalhar no serviço de bombeiro e são do município", explica o Capitão Cláudio da Silva.
Hoje, a unidade conta com dois caminhões e duas ambulâncias de resgate. Os equipamentos são novos e todos os dias os bombeiros seguem uma rotina igual a de um grande batalhão. Checam todos os equipamentos, testam os aparelhos e analisam as condições dos veículos usados no atendimento das ocorrências.
A parceria em Porto Feliz já dura seis anos. "O efetivo militar é custeado pelo estado e a parte de equipamentos e adquirir novos equipamentos, manutenção de viaturas e instalação é custeada pelo município", completa o capitão.Todas as cidades, independentemente do número de habitantes, pode ter uma unidade do Corpo de Bombeiros. Para isso, o município precisa ter interesse e fazer um convênio com o governo do estado. A Polícia Militar oferece parte do efetivo e a prefeitura entra com os demais e a estrutura do local.
Uma corporação semelhante a de Porto Feliz é suficiente para resolver os problemas na unidade de Mairinque(SP), onde o bombeiro é exclusivamente municipal. O único caminhão está quebrado há mais de 20 dias e os bombeiros denunciam outros problemas. "Não temos material de resgate, não temos material de suporte para atendimento de ocorrências de incêndio, as viaturas estão quebradas e sucateadas", afirma.
A situação precária da unidade do Bombeiro Municipal de Mairinque voltou a ser questionada depois quem um menino de três anos morreu carbonizado em um incêndio. Segundo os bombeiros, entre a primeira ligação de aviso do fogo e a chegada ao local foram dez minutos. Eles também pediram ajuda para a cidade de São Roque.
O prefeito disse que, por enquanto, não tem condições de fazer nenhum investimento e que vai tentar um convênio com o governo.
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