Polícia intima a prefeitura a prestar esclarecimento sobre vaga em creche

Inquérito em Mairinque (SP) investiga a morte de criança de 3 anos.

Pais da vítima prestaram depoimento na tarde desta segunda-feira (28).

Do G1 Sorocaba e Jundiaí*
A Polícia Civil de Mairinque prepara a documentação para intimar a prefeitura do município para prestar depoimento sobre um menino de 3 anos, que morreu carbonizado no dia 21 de julho. A informação é da delegada Simona Ricci, responsável pelo inquérito que investiga as circunstâncias da morte da criança. Segundo a delegada, o poder público será intimado para falar sobre a fila para uma vaga na creche do município.
Conforme informou a própria Prefeitura de Mairinque, o menino era o sétimo na lista dos suplentes que aguardavam uma vaga no ensino infantil. A informação foi confirmada pela mãe da criança, que junto com o marido e com o filho de 10 anos, prestou depoimento na tarde desta segunda-feira (28). No dia do acidente, o Corpo de Bombeiros informou que o irmão que cuidava do menino tinha 7 anos, mas o boletim de ocorrência relata que ele tem 10.
Incêndio em Mairinque (Foto: Renata Golombieski/TV TEM)Criança estava sozinho com irmão na hora
do acidente (Foto: Renata Golombieski/TV TEM)
O menino explicou para polícia que o irmão brincava com fósforos no quarto quando o incêndio começou. As chamas teriam se alastrado quando ele tentou levar o colchão para fora, atingindo as roupas que estavam no cômodo. Como a versão inicial era de que o menino estava tentando acender o fogão, a delegada aguarda o laudo da perícia, que mostrará como o incêndio começou e se espalhou.
Os pais afirmam que pagavam uma mulher de 18 anos para olhar os filhos, mas no dia do incidente, ela faltou ao trabalho. A cuidadora também será intimada. O menino menor correu para o banheiro para se abrigar das chamas, enquanto o menor foi para rua pedir socorro. Apesar da ajuda dos moradores, o menino morreu.

O laudo do Instituto de Criminalística deve chegar em até 15 dias. O Setor de Investigação deve ouvir outros vizinhos da família. A investigação segue como homicídio culposo, sem a intenção se matar.

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