PT encerra processo de expulsão de Luiz Moura nesta quinta

Decisão sobre situação do deputado suspeito de envolvimento do PCC será conhecida nesta sexta-feira



PT encerra processo de expulsão de Luiz Moura nesta quinta
"AE"
Em reunião marcada para esta quinta-feira, 31, o PT de São Paulo vai encerrar o processo interno que pode resultar na expulsão do deputado estadual Luiz Moura do partido. Suspeito de envolvimento com membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Moura foi suspenso no início de junho, por 60 dias, e não participou da convenção estadual que definiu os candidatos do partido.
A reunião da executiva estadual está marcada para a manhã desta quinta, quando termina o prazo de 10 dias dado pelo partido para que o deputado apresente sua defesa. De acordo com Emídio de Souza, presidente do PT em São Paulo, Luiz Moura foi convidado a participar e poderá apresentar seus argumentos e arrolar testemunhas.
O PT pretende, com isso, derrubar o principal argumento do deputado no processo que ele impetrou na Justiça para garantir sua candidatura. Moura alegou que foi alvo de um processo sumário e não teve direito a defesa.
Na reunião desta quarta será elaborado um relatório que será submetido à executiva nacional. O resultado será conhecido na próxima sexta-feira. Emídio de Souza adianta, no entanto, que o partido não vai permitir a candidatura de Moura. "Ele só será candidato se a Justiça ordenar", disse.
Nesta quarta, o Tribunal de Justiça de São Paulo negou um recurso apresentado pelo jurídico do PT-SP. O partido questionava a decisão de um juiz plantonista que suspendia liminarmente os efeitos da convenção estadual e, por tabela, impedia todas as candidaturas do PT no Estado.
De acordo com o advogado que defende o PT, Marcelo Nobre, o não conhecimento do recurso nesta quarta não tem efeito prático porque se refere a uma decisão já revogada pela Justiça comum. "O que nós aguardamos é a decisão do juiz da 17ª Vara", disse.
Durante caminhada em Carapicuíba, na Grande São Paulo, o candidato do PT ao governo, Alexandre Padilha, defendeu a expulsão de Moura. "Defendi e defendo a expulsão. Esse é um tema já superado para o PT".
Em seu discurso, Padilha preferiu atacar o governo Alckmin citando o caso do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Robson Marinho, que é alvo de ação do Ministério Público por suspeita de ter recebido propina para votar pelo aditamento de um contrato sob suspeita na área de energia.
"Tem um sujeito chamado Robson Marinho que foi secretário do governo do PSDB e está envolvido até a testa num escândalo de corrupção de roubo do metrô e da CPTM", disse.
Segundo Padilha, os dois casos ilustram a diferença entre PT e PMDB. "Nós criamos formas de apurar e punir quem comete mal feito. O PSDB dá prêmio, porque esse sujeito Robson Marinho deveria estar sendo punido mas foi indicado para o Tribunal de Contas do Estado. Agora foi descoberto que o dinheiro da casa milionária foi origem de propina e ele não se afasta do tribunal", disse.
Ainda de acordo com o candidato do PT, durante 20 anos o PSDB colocou a corrupção para debaixo do tapete. "Nós vamos governar o Estado de São Paulo para tirar o tapete do Palácio dos Bandeirantes. Conosco, (quem) roubou vai ser punido como fizemos no governo federal", disse. 

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