Prazo dado pela prefeitura para saída de sem-teto não foi cumprido.
Obra deveria ter sido entregue em 2012; conclusão vai custar R$ 4 milhões.
A Prefeitura de São Roque (SP) decidiu entrar com um pedido de reintegração de posse para recuperar a área de um conjunto habitacional que está com as obras atrasadas e foi invadido por um grupo de sem-teto na semana passada. O prazo para eles deixarem o terreno de forma amigável vencia nesta quarta-feira e não foi cumprido.
O conjunto, com 152 casas, começou a ser construído em 2010 e deveria ter sido entregue em 2012 a pessoas que hoje vivem em áreas de risco, mas as obras foram interrompidas há pouco mais de um ano pela construtora responsável.
Andando pelas ruas, era possível ver nesta quarta-feira ligações clandestinas de energia elétrica. A água usada para abastecer as caixas d´água das casas também está sendo obtida de forma irregular. “A gente só quer o que é nosso“, diz o coletor Joelbete Silva Malheiros, um dos líderes da ocupação.
"Se tivessem concluído a obra, cada um estava em seu cantinho, sem pagar aluguel nem viver esse sofrimento todo. Mas ninguém fez nada e tudo fica por isso mesmo", reclama a gari Edineuza Nascimento Aragão, sorteada em 2010 e até agora à espera de sua casa.O prefeito de São Roque, Daniel de Oliveira Costa, diz que as construções serão retomadas em breve, assim que houver a solução de entraves burocráticos como a regularização do terreno. Mas avisa que o custo será salgado: em torno de R$ 4 milhões, com parte da verba sendo cedida pelo governo do Estado.
Pessoas pintaram nome nas paredes para "marcar território" (Foto: Reprodução/TV Tem)
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