Sorocaba:Psiquiatra foi morto por ex-paciente, aponta investigação

Jornal Cruzeiro do SulPoliciais civis apresentaram hoje o homem acusado de matar a tiros o psiquiatra Eduardo Guenka, no Jardim Santa Rosália. Trata-se de João Eduardo Marcone Madureira, jornalista de 50 anos e ex-paciente da vítima, que morreu aos 76 anos, no mês passado. De acordo com a Polícia Civil, a prisão se baseia-se na descrição física detalhada feita por testemunhas do crime, o histórico de rancor do acusado contra o médico, além de um vídeo em que ele foi reconhecido, próximo ao local do homicídio no dia do crime.

+Médico é assassinado na garagem de casa

O médico foi assassinado na noite do dia 8 de junho, na garagem de sua própria casa, no bairro Santa Rosália. Imagens gravadas por uma câmera de segurança mostram um homem que seria o suspeito, caminhando pela rua Afonso Cavalini, onde o médico residia. Ele disse não se reconhecer no vídeo, e embora não confesse, ele também não nega a autoria do crime. 

Durante a investigação, a Polícia Civil apurou que Eduardo Guenka foi alvo de um processo do Conselho Regional de Medicina (CRM), por conta de um atendimento realizado a pedido de uma senhora que tinha um filho usuário de drogas. Segundo apurado pela polícia, a mulher pediu que o psiquiatra atendesse Madureira em domicílio. O médico concordou e, após a consulta, o paciente o denunciou ao CRM, afirmando que o atendimento havia acontecido de maneira forçada. O processo foi arquivado depois que a própria mãe de Madureira foi ao CRM e explicou o que de fato aconteceu.

Ainda conforme apurado na investigação, no final do ano passado a mulher voltou a ter problemas com o filho, que também sofre de problemas psiquiátricos. Por conta disso, solicitou novamente ajuda do médico, desta vez para interditar judicialmente o filho, pois ele estaria muito violento e a ameaçava. O médico se negou a prestar novo atendimento. Mesmo assim, a mulher teria feito ameaças ao filho, dizendo que chamaria Eduardo Guenka, fato que aborrecia Madureira e o teria levado a matar o médico. O filho do médico e a nora também foram baleados.

O suspeito foi detido na última quinta-feira (5), em uma pensão no Centro de Sorocaba. Ele está detido temporariamente pelo prazo de 30 dias. Após a conclusão do inquérito, a polícia pedirá a prisão preventiva. Durante o interrogatório, o homem, que também se apresenta como publicitário, não se manifestou sobre o ocorrido. Ele será indiciado por homicídio doloso qualificado e duas tentativas de homicídio doloso, em função dos ferimentos a tiros provocados no filho e nora de Guenka.

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