Exportações da região aumentam 9,9%

Regional do Ciesp, composta por 48 municípios, movimentou US$ 898 milhões em vendas para o exterior


Marcelo Roma
marcelo.roma@jcruzeiro.com.br 


Com exportações de US$ 898,4 milhões no primeiro semestre do ano, os 48 municípios da região de Sorocaba ficaram na 10ª posição no ranking sobre a participação de 39 regiões paulistas, realizado pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). Houve crescimento de 9,9% em relação ao primeiro semestre de 2013, quando o total de exportações da região foi de US$ 817,4 milhões. 

O Estado de São Paulo representou 26% do montante exportado pelo País de janeiro a junho. A lista do ranking foi elaborada pelo Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) em conjunto com o Departamento de Relações Exteriores (Derex) do Ciesp e da Fiesp, a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). 

Em 1º no ranking ficou a região de São Paulo, capital, com US$ 3,919 bilhões; em 2º São José dos Campos, com US$ 2,869 bilhões; em 3º Santos, com US$ 2,266 bilhões; em 4º São Bernardo do Campo, com US$ 1,741 bilhão; em 5º Campinas, com US$ 1,682 bilhão; em 6º Guarulhos, com US$ 1,320 bilhão; em 7º São José do Rio Preto, com US$ 1,287 bilhão; 8º Cubatão, com US$ 1,048; e 9º Piracicaba, com US$ 985 milhões. 

De acordo com informações do Ciesp, nas exportações da região de Sorocaba os destaques foram automóveis, caminhonetes e utilitários (US$ 141,6 milhões); geradores, transformadores e motores elétricos (US$ 139,8 milhões); e tratores, máquinas e equipamentos para a agricultura e pecuária (US$ 79,7 milhões). Os principais países para os quais a região de Sorocaba exportou são Argentina (31,6% do total); Estados Unidos (21,3%) e Alemanha (4,6%). 

Nas importações da região, lideraram equipamentos de informática e periféricos (US$ 290,1 milhões); componentes eletrônicos (US$ 148,0 milhões); e motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão (US$ 136,6 milhões). Os produtos importados saíram principalmente da China (24,2% do total); Estados Unidos (13,5%) e Alemanha (10,1%). 

Crise argentina 

A crise da Argentina, agravada pela situação de default (calote) por causa do dinheiro bloqueado pela Justiça para o pagamento de credores, cria preocupação no Brasil quanto às exportações. A Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do País e o maior para a região de Sorocaba. Há expectativa de negociação para resolver o impasse do pagamento da dívida argentina por parte do governo brasileiro, a fim de que não ocorram reduções nas exportações. 

O economista e secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Emprego de Sorocaba, Geraldo Almeida, diz que é preciso aguardar para verificar quais serão os desdobramentos da crise argentina e seus efeitos no Brasil, mas confia numa solução a curto prazo. "É ruim não só para a Argentina. Também para o Brasil e outros parceiros comerciais", conforme o secretário. 

O prolongamento da crise afetaria as exportações brasileiras e seria maléfico para a economia do País, que não vem apresentando bons resultados. Por isso, a necessidade de concentrar esforços para resolver o problema, avalia Almeida. Ele ressalta a estreita relação comercial com a Argentina. "É o principal fornecedor de trigo para o Brasil. Enquanto a Toyota exporta o Etios (fabricado em Sorocaba) para a Argentina, de lá vem o utilitário Hilux", cita o secretário 

Itapetininga e Tatuí 

De acordo com o Ciesp, o município de Sorocaba é o principal exportador da região, respondendo por 75,6% do total no primeiro semestre de 2014. Também é o principal importador da região, com 79,7%. Em relação a outros municípios, Itapetininga ocupa a 2ª posição como exportador, com 5,8%; e Tatuí a 3ª, com 4,2%. Entre os importadores, Mairinque fica em 2º, com 5,7%, e Salto de Pirapora em 3º, com 5%. 

Ainda segundo o relatório do Ciesp, a corrente de comércio regional teve expansão de 6,0%, indo de US$ 2,65 bilhões para US$ 2,81 bilhões. "O saldo da balança comercial, no 1º semestre de 2014, foi deficitário em US$ 1,01 bilhão, enquanto, no mesmo período de 2013, o saldo tinha sido deficitário em US$ 1,02 bilhão, uma queda de 0,2%."

Postar um comentário

0 Comentários