Incêndio em fábrica de colchões em São Roque pode ter sido criminoso

Chamas destruíram depósito, cozinha e refeitório da empresa.

Corpo de Bombeiros levou quatro horas para conter as chamas.

Adriane SouzaDo G1 Sorocaba e Jundiaí

A Defesa Civil de São Roque (SP) acredita que o incêndio que atingiu a fábrica de colchões na cidade pode ter sido criminoso. As chamas de grandes proporções consumiram parte da empresa, na noite de quinta-feira (21). A suspeita partiu do relato de testemunhas, que viram uma pessoa passar e, em seguida, surgiu um princípio de incêndio na área verde da fábrica que fica no km 63 da rodovia Raposo Tavares, entre os bairros Vila Nova e São Rafael.

No vídeo (acima) é possível observar a proporção do incêndio, que teve chamas com mais de 80 metros, além do trabalho intenso do Corpo de Bombeiros, que trabalhou em etapas para combater as chamas e evitar que o fogo se alastrasse.

“Testemunhas viram um fogo pequeno no mato. Não podemos afirmar a causa do incêndio, mas existe a suspeita de que tenha sido criminoso”, explica o coordenador da Defesa Civil do Município, Osni Rodrigues.

O órgão acompanhou o trabalho do Corpo de Bombeiros durante o incêndio e avaliou que 30% da estrutura metálica que sustenta a cobertura do galpão foram danificadas. O local - que abriga o depósito de embalagens, cozinha e refeitório - permanece interditado. Até o fim da manhã desta sexta-feira (22) a área pode ser liberada. “Não houve vítimas, apenas danos materiais”, complementa Osni.

“O dono nos disse que se as chamas atingissem o segundo galpão, o prejuízo seria gigantesco, pois lá estavam os colchões e máquinas muito caras”, conta um dos bombeiros que esteve no local. Ele explicou ainda que a fumaça é condutora das chamas e que o risco de um novo incêndio era grande a todo momento. Na área verde em que o fogo começou fica depositada uma parte da matéria prima da fabricação de colchões. Por esta razão as chamas se espalharam tão rapidamente, segundo os bombeiros.O Corpo de Bombeiros de São Roque chegou á empresa três minutos após o primeiro chamado e trabalhou em conjunto com os bombeiros deSorocaba (SP) e com o Corpo de Bombeiros Municipal de Mairinque (SP) para conter as chamas e fazer a operação de rescaldo. Inicialmente eles trabalharam para conter as chamas, para que não se alastrassem. Depois disso, enquanto uma equipe permanecia no combate o fogo, a outra removia os colhões no segundo galpão.

A Polícia Militar registrou o incêndio na delegacia do município e o caso deve ser investigado.