Em impostos e tributos, foram pagos R$ 856.111.356 à delegacia da Receita Federal
Anderson Oliveira
anderson.oliveira@jcruzeiro.com.br
A arrecadação de tributos federais cresceu 14,7% em agosto deste ano, na comparação com esse mesmo mês em 2013, na região de Sorocaba. Ao todo, o valor arrecadado no mês passado atingiu a soma de R$ 856.111.356, ante os R$ 746.228.713 registrados em agosto daquele ano. No acumulado dos oito primeiros meses de 2014, o aumento foi de 9,2%, com a soma de R$ 6.750.426.462 na arrecadação de impostos. Em igual período de 2013, o volume foi de R$ 6.179.828.267. Os dados são da delegacia regional da Receita Federal do Brasil (RFB) de Sorocaba e abrangem 42 municípios.
Apenas três tributos correspondem a 69% do montante arrecadado em agosto na região de Sorocaba, aponta a RFB. A Contribuição Previdenciária é o tributo que tem o maior peso, respondendo por 36,69% do volume da arrecadação, com R$ 314.172.147. Em seguida, a maior arrecadação vem da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que soma R$ 149.815.026, ou 17,49% de toda a receita. Por fim, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) somou R$ 127.147.519, correspondendo a 14,85% da arrecadação regional, no último mês.
Em relação aos demais tributos federais, o que teve maior variação percentual foi o Impostos sobre Operações Financeiras (IOF), com 88,4% de aumento. Porém, em valor nominal, esse imposto tem uma expressão bem pequena, informa a delegacia regional da RFB. Conforme a Receita, foram arrecadados com este tributo R$ 500.959, correspondendo a 0,05% da arrecadação de agosto.
Os dois tributos mais expressivos que tiveram queda na arrecadação em relação ao mesmo mês do ano anterior foram na região sorocabana, de acordo com a RFB, foram a Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e o Imposto de Importação. O primeiro apresentou queda de 26,8%, atingindo o montante de R$ 2.155.933, em agosto deste ano, ante R$ 2.944.816 do mesmo mês de 2013. A queda no segundo foi de 25,2%, o que, em valores monetários, representou uma perda maior. Em agosto de 2013, a arrecadação com o Imposto de Importação somou R$ 18.258.782, valor que caiu a R$ 13.661.421 no mês passado.
De acordo com a delegacia regional da Receita, apesar de, percentualmente, ambos apresentarem "uma queda bastante expressiva, em relação a arrecadação total, estes dois tributos têm pequena participação pois correspondem a 1,84% do total arrecadado em agosto de 2014 e a 2,84% do total arrecadado de agosto de 2013."
Análise
O aumento da arrecadação em agosto e no acumulado do ano ocorre porque o cenário de estagnação econômica deve refletir apenas no futuro, avalia o economista e professor da Universidade de Sorocaba, Adilson Rocha. "Os resultados dos mercados têm reflexos, normalmente, posterior ao que estamos vivendo. Ou seja, nos meses seguintes, ainda nesse ano, será percebida a diminuição da arrecadação", diz.
Segundo ele, o aumento na arrecadação do IPI, é decorrência da retomada da cobrança desse tributo. "Nos anos anteriores, o imposto havia sido suspenso e, posteriormente, voltou a ser cobrado, por isso, quando comparamos um período ao outro, nesse momento os valores são maiores", explica.
Já o resultado positivo da Cofins, deu-se porque "os resultados brutos das empresas ainda estavam em alta". Porém, ele diz, ao se analisar o cenário atual, esses tributos deverão registrar queda no segundo semestre. "Salvo, após as eleições, sejam tomadas outras medidas para fortalecer os setores, principalmente, o industrial", acrescenta Rocha.
anderson.oliveira@jcruzeiro.com.br
A arrecadação de tributos federais cresceu 14,7% em agosto deste ano, na comparação com esse mesmo mês em 2013, na região de Sorocaba. Ao todo, o valor arrecadado no mês passado atingiu a soma de R$ 856.111.356, ante os R$ 746.228.713 registrados em agosto daquele ano. No acumulado dos oito primeiros meses de 2014, o aumento foi de 9,2%, com a soma de R$ 6.750.426.462 na arrecadação de impostos. Em igual período de 2013, o volume foi de R$ 6.179.828.267. Os dados são da delegacia regional da Receita Federal do Brasil (RFB) de Sorocaba e abrangem 42 municípios.
Apenas três tributos correspondem a 69% do montante arrecadado em agosto na região de Sorocaba, aponta a RFB. A Contribuição Previdenciária é o tributo que tem o maior peso, respondendo por 36,69% do volume da arrecadação, com R$ 314.172.147. Em seguida, a maior arrecadação vem da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que soma R$ 149.815.026, ou 17,49% de toda a receita. Por fim, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) somou R$ 127.147.519, correspondendo a 14,85% da arrecadação regional, no último mês.
Em relação aos demais tributos federais, o que teve maior variação percentual foi o Impostos sobre Operações Financeiras (IOF), com 88,4% de aumento. Porém, em valor nominal, esse imposto tem uma expressão bem pequena, informa a delegacia regional da RFB. Conforme a Receita, foram arrecadados com este tributo R$ 500.959, correspondendo a 0,05% da arrecadação de agosto.
Os dois tributos mais expressivos que tiveram queda na arrecadação em relação ao mesmo mês do ano anterior foram na região sorocabana, de acordo com a RFB, foram a Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e o Imposto de Importação. O primeiro apresentou queda de 26,8%, atingindo o montante de R$ 2.155.933, em agosto deste ano, ante R$ 2.944.816 do mesmo mês de 2013. A queda no segundo foi de 25,2%, o que, em valores monetários, representou uma perda maior. Em agosto de 2013, a arrecadação com o Imposto de Importação somou R$ 18.258.782, valor que caiu a R$ 13.661.421 no mês passado.
De acordo com a delegacia regional da Receita, apesar de, percentualmente, ambos apresentarem "uma queda bastante expressiva, em relação a arrecadação total, estes dois tributos têm pequena participação pois correspondem a 1,84% do total arrecadado em agosto de 2014 e a 2,84% do total arrecadado de agosto de 2013."
Análise
O aumento da arrecadação em agosto e no acumulado do ano ocorre porque o cenário de estagnação econômica deve refletir apenas no futuro, avalia o economista e professor da Universidade de Sorocaba, Adilson Rocha. "Os resultados dos mercados têm reflexos, normalmente, posterior ao que estamos vivendo. Ou seja, nos meses seguintes, ainda nesse ano, será percebida a diminuição da arrecadação", diz.
Segundo ele, o aumento na arrecadação do IPI, é decorrência da retomada da cobrança desse tributo. "Nos anos anteriores, o imposto havia sido suspenso e, posteriormente, voltou a ser cobrado, por isso, quando comparamos um período ao outro, nesse momento os valores são maiores", explica.
Já o resultado positivo da Cofins, deu-se porque "os resultados brutos das empresas ainda estavam em alta". Porém, ele diz, ao se analisar o cenário atual, esses tributos deverão registrar queda no segundo semestre. "Salvo, após as eleições, sejam tomadas outras medidas para fortalecer os setores, principalmente, o industrial", acrescenta Rocha.
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