Câmara é invadida em protesto contra a falta de água em Itu

A Tropa de Choque da Polícia Militar tentou entrar no prédio para retirar os manifestantes e houve confronto



SOROCABA - Mais de mil manifestantes saíram às ruas de Itu, região de Sorocaba, nesta segunda-feira, em protesto contra a falta de água na cidade que enfrenta racionamento drástico há quase oito meses. Um grupo de 50 pessoas invadiu a Câmara Municipal para cobrar os vereadores. A Tropa de Choque da Polícia Militar tentou entrar no prédio para retirar os manifestantes e houve confronto. 
A PM usou bombas de efeito moral e disparou balas de borracha na tentativa de dispersar a multidão. O portão da Câmara foi quebrado e o prédio sofreu vandalismo. Não havia informações sobre feridos até o início da noite. 
Os principais reservatórios que abastecem a cidade estão quase secos e na semana passada o racionamento foi ampliado - em muitos bairros a água só chega uma vez por semana. A manifestação foi convocada pelas redes sociais. Com faixas e cartazes, os manifestantes caminharam pelo centro e se dirigiram ao prédio da Câmara. Guardas municipais não conseguiram impedir a invasão do plenário. 
Os manifestantes gritavam palavras de ordem e alguns usavam narizes de palhaço. Os manifestantes atiraram ovos e pedras contra o prédio do Legislativo. Um dos ovos atingiu o presidente da Câmara, Marco Aurélio Bastos (PSD), da base de apoio ao prefeito Antonio Tuíze, do mesmo partido. Os munícipes forçaram e quebraram o portão para ocupar o prédio. 
Uma comissão de vereadores se reuniu com os manifestantes e concordou com a exigência de enviar ao prefeito pedido de decretação de estado de calamidade pública. A prefeitura informou em nota que o sistema de abastecimento em Itu é feito através de concessão e que, por isso, o decreto de calamidade não traria benefícios ao município. Ainda de acordo com a prefeitura, já foram decretadas de utilidade pública as reservas de água de particulares.

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