Para PSDB, DEM tenta salvar a própria pele com apoio a Marina

Atitude do senador José Agripino é visto como tentativa de matar a saudade do governo do partido



 O aceno do coordenador-geral da campanha a presidente de Aécio Neves (PSDB), senador José Agripino (DEM-RN), para um eventual apoio a Marina Silva (PSB) no segundo turno foi comemorado pelo PSB e interpretado internamente na campanha de Aécio como uma tentativa do DEM de salvar a própria pele e matar a saudade de ser governo. No staff de Aécio, acreditam que Agripino deva ter sido motivado por uma reivindicação interna do DEM, partido do qual é presidente, para posicionar a legenda na direção de apoiar qualquer governo que não seja o do PT. O timing escolhido pelo senador seria para aproveitar o momento da eleição em que um eventual apoio dos democratas ao PSB ainda tem valor de face. É um período em que o DEM pode influir no resultado eleitoral e ter seu suporte valorizado pelos “marineiros”.
Sendo ou não esta a estratégia de Agripino, o fato é que foi este o resultado alcançado. O deputado Beto Albuquerque, candidato a vice-presidente na chapa socialista, disse ao “Estado” na terça-feira “respeitar muito a candidatura de Aécio”, mas que “um apoio como esse é positivo”. Outro candidato a governador pelo PSB, que não quis ser identificado, também comemorou: “Essa manifestação nos anima. O rio está enchendo.”
O DEM quer se tornar mais influente no próximo governo, fortalecendo bancadas no Congresso. Planeja para o ano que vem fusão com partidos menores. Um modo de inflar a participação na Câmara, onde espera eleger 31 deputados, e no Senado, onde aposta na vitória de ao menos 4 representantes.

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