2 acusados de morte de mulher que fez aborto em Niterói são presos

RIO - Dois acusados de envolvimento no homicídio de Elizângela Barbosa, que morreu após fazer um aborto no sábado, 20, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, foram presos na noite desta segunda-feira, 29, por policiais da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI). Outras duas pessoas são procuradas por participação no crime.
De acordo com as investigações do delegado Wellington Vieira, titular da DHNSGI, Rildo José Medeiros dos Santos foi o responsável por levar a grávida até a clínica clandestina no bairro Sapê. Já Lígia Maria Silva teria participado da operação para realização do aborto. Contra eles foram cumpridos mandados de prisão temporária de 30 dias por homicídio.
O caso. Grávida de cinco meses do quarto filho, Elizângela saiu de casa em São Gonçalo, também na Região Metropolitana, no sábado para realizar o aborto. Apesar de discordar do procedimento, o marido não impediu a decisão da mulher e a levou até o ponto de encontro, no bairro Engenho Pequeno, em São Gonçalo. De acordo com ele, ela levou R$ 2,8 mil para realizar o procedimento.
Na noite de domingo, 21, a mulher foi levada para o Hospital Estadual Azevedo Lima, no bairro do Fonseca, em Niterói, onde morreu minutos após dar entrada. Na delegacia, o motorista do carro disse que foi parado na Estrada de Ititioca, que é cercada por favelas, e obrigado a deixá-la no hospital. No entanto, há suspeita de que ele seja integrante da quadrilha.

Na necropsia, um tubo plástico usado para realização de abortos foi encontrado no útero de Elizângela.

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