Aécio comemora apoios de PSB, PPS, PSC e PV

Candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, em Brasília: Candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, em reunião com governadores e senadores eleitos em Brasília. 8/10/2014

BRASÍLIA - Em clima de festa da vitória, o candidato à Presidência do PSDB, Aécio Neves, comemorou nesta quarta-feira o apoio formal do PPS, do PSC e do PV para disputa do segundo turno, em evento para centenas de militantes, em Brasília, e reforçou o discurso de que é a alternativa dos eleitores que querem mudança.
A melhor notícia para Aécio, porém, chegou no fim da tarde desta quarta-feira. O PSB, partido que lançou Marina Silva no primeiro turno da disputa presidencial, formalizou o apoio à candidatura tucana no segundo turno. O PPS, que já integrava a aliança de Marina havia anunciado apoio a Aécio na véspera.
Após receber a notícia do apoio formal dos socialistas, Aécio foi à sede do partido para se encontrar com a Comissão Executiva do PSB. Essa é a primeira vez que a legenda apoia um candidato do PSDB na disputa presidencial.
"Estou extremamente feliz de estar hoje recebendo manifestações muito importantes de apoio, como recebi do PPS, através do seu presidente Roberto Freire, do PSC, por meio do seu candidato pastor Everaldo, como acabo de receber do PV, por meio do seu presidente (José) Penna e do candidato Eduardo Jorge", disse o tucano a jornalistas pouco antes de chegar ao auditório do Memorial JK, em Brasília, que abriga um museu com a história do presidente mineiro Juscelino Kubitschek que idealizou a capital do país.
"Nós vamos construir nossa unidade em torno do projeto mudancista", disse o tucano a jornalistas. "No fundo as questões essenciais nos aproximam e não nos separam", prosseguiu.
O governador tucano Geraldo Alckmin, reeleito no primeiro turno em São Paulo, disse que Aécio, inspirado em Juscelino, será o presidente do desenvolvimento, da renda e do trabalho.
"Vamos, em São Paulo, multiplicar sua voz, multiplicar sua luta", disse Alckmin. "E é isso que vejo aqui à tarde, o que vai acontecer no Brasil inteiro", disse.
"Aécio é presidente de vários sotaques, vai unir o Brasil", prosseguiu o governador paulista.
Durante o discurso, Aécio afirmou ser o "representante da esperança, da mudança, da eficiência e dos valores na máquina pública".
"Estou pronto para fazer uma campanha política à altura dos desafios políticos do Brasil. Não me acovardando aos ataques menores... Responderei a cada ataque com uma proposta", disse o tucano.
"Estamos apenas no meio da travessia."
MINAS GERAIS E REELEIÇÃO
Aécio afirmou ainda que não está preocupado com as críticas do PT, de que quem o conhece não o elege, em referência à derrota que sofreu para a petista Dilma Rousseff, candidata à reeleição, em Minas Gerais, Estado que o tucano governou por dois mandatos.
"Eu deixei o governo de Minas Gerais com 92 por cento de aprovação e para quem não sabe, a eleição presidencial em Minas Gerais também está no segundo turno. Vamos aguardar o resultado", disse.
"Minha estratégia é vencer no Brasil, e acredito piamente também que venceremos em Minas Gerais", acrescentou.
Aécio voltou a dizer que é a favor do fim da reeleição, mas que essa é uma questão secundária e não poderia ser implementada imediatamente por uma questão jurídica.
"Essa é uma questão secundária hoje, até porque não é um ato de vontade unilateral que vai permitir que a tese que nós defendemos seja implementada. Porque hoje todos os governadores que foram eleitos, foram eleitos com a possibilidade de reeleição, existe aí uma questão jurídica", disse.
Esse tema foi ventilado como um dos compromissos que Marina exigiria para fechar um acordo com o PSDB.
A ex-candidata do PSB já se declarou contrária à reeleição e durante a campanha disse que, se eleita, não concorreria a um novo mandato.
Na véspera, quando perguntado se também assumiria este compromisso, o tucano evitou responder diretamente, afirmando que não dependeria apenas dele.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro)

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