Instituto aponta 180 áreas com risco de falta de água

Lindomar Barbosa da Silva junta água em baldes

Stephane Sena

do Agora
O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) divulgou o mapeamento de 180 pontos da capital e da Grande São Paulo onde há mais risco de falta de água por causa de manobras noturnas na pressão, realizadas nos últimos meses pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) para minimizar a crise de abastecimento.
Segundo o instituto, os dados foram pedidos à Sabesp por meio da Lei de Acesso à Informação.
O Idec diz ainda que, como a empresa não cumpriu o prazo para a entrega das informações, acionou o Ministério Público e o Procon. Na sexta-feira, o mapeamento foi entregue.
Ele traz os pontos mais altos da capital, de Taboão da Serra e de Mairiporã, chamados de "zonas de coroa", que estão, em média, a 800 metros acima do nível do mar.
Neles há mais dificuldade para a água chegar em caso de alterações na pressão, e consequentemente, o risco de faltar água é maior.
Os mapas são divididos pelas 13 unidades de gerenciamento regional da Sabesp.
Resposta
A Sabesp afirmou, por meio de nota, que as áreas mapeadas indicam a localização de válvulas de pressão e que não são regiões de risco nem estão "sujeitas a desabastecimento por conta de equipamentos".
Disse ainda que o Idec parte de ideias "equivocadas".
"Além de partir de premissas equivocadas e ser desprovida de qualquer fundamentação técnica, a tese do Idec induz os consumidores ao erro e criam pânico na população", diz o texto.
A companhia confirmou que os mapas apontam as regiões mais altas.
Para o Idec, qualquer equívoco deve ser esclarecido pela companhia.
"Cabe à Sabesp esclarecer à população, já que é a concessionária e detentora técnica da informação. Essa é a atitude que se espera e não questionar os dados disponibilizados pela própria Sabesp", disse, em nota, Elici Bueno, coordenadora-executiva do Idec.

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