Seca no sistema Alto Tietê pode prejudicar 4,5 milhões

Felipe Amorim e Folha de S.Paulo

do Agora
O sistema Alto Tietê pode acabar em cerca de dois meses se o índice de chuvas continuar abaixo da média, colocando em risco o abastecimento de 4,5 milhões de moradores da zona leste da capital e de cidades da Grande São Paulo, como Itaquaquecetuba, parte de Guarulhos e Poá.
Em setembro, o secretário estadual de Recursos Hídricos, Mauro Arce, afirmou que, ao contrário do sistema Cantareira, o Alto Tietê, o sendo maior da Grande São Paulo, não possui reserva técnica, o chamado volume morto.
"Não tem reserva técnica, é outro conceito [de reservatório]", disse.
Caso continue se esgotando no mesmo ritmo dos últimos dois meses, deve acabar antes do sistema Cantareira – que, com a segunda cota do volume morto, pode durar até abril de 2015.
Ontem, o Tietê operava com 8,4% da capacidade. Há um ano, o nível de seus reservatórios era de 52,8%.
Resposta
A Sabesp afirmou ontem à noite que apenas a Secretaria de Estado de Recursos Hídricos tem informações sobre o controle de volume do sistema Alto Tietê.
Este ano, a empresa chegou a dizer que faria estudos para retirar um volume morto do sistema Alto Tietê.
No entanto, segundo o governo estadual, a Sabesp foi apenas autorizada a fazer obras para retirar por bombeamento parte do volume útil que estava inacessível.
Sobre a investigação do Ministério Público, o DAEE afirma que a ajuda ao Cantareira "foi possível graças a conclusão, em 2011, da PPP Alto Tietê, que adicionou 5.000 litros por segundo de água tratada ao sistema de abastecimento metropolitano".

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