Alckmin diz que obras contra a crise hídrica vão custar R$ 3,5 bi

© Dida Sampaio/Estadão
BRASÍLIA - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta segunda-feira, 10, que levou à presidente Dilma Rousseff (PT) um conjunto de obras para enfrentar a crise hídrica que atinge o Estado, em investimentos que totalizam R$ 3,5 bilhões. Na avaliação do governador, que voltou a afirmar que o Estado não passa por racionamento e que não há risco de abastecimento para a população, São Paulo tem enfrentado a maior seca dos últimos 84 anos com "planejamento" e "uso racional da água".
Alckmin disse esperar que o governo federal contribua com o "máximo que puder" no total de investimentos estimado. "São Paulo não tem racionamento de água, o abastecimento está garantido, estará garantido em novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, primeiro semestre, segundo semestre", disse o governador.
Segundo Alckmin, foram oito obras apresentadas: a interligação dos reservatórios Atibainha e Jaguari; dois novos reservatórios em Campinas e adução dessas estruturas; Estações de Produção de Água de Reúso (EPAR) para reforço dos sistemas Guarapiranga e Baixo Cotia; interligação do rio Jaguari com o Atibaia; interligação do Rio Pequeno com a Represa Billings; e perfuração de poços artesianos na região do Aquífero Guarani.
Há obras que já podem ficar prontas no ano que vem, como as EPARs, disse Alckmin, e há outras que levam até três anos para ficarem prontas. Ele classificou essas obras como "estruturantes" e citou projetos para minimizar os efeitos da crise hídrica no curto prazo: "vamos entregar neste mês de novembro mais um metro cúbico por segundo no Guarapiranga. São 300 mil pessoas que saem do Cantareira e passam para o Guarapiranga", alegou. 
Durante a reunião de uma hora no Palácio do Planalto, foi acertada a criação de um grupo de trabalho para tratar da questão, sendo que a primeira reunião foi marcada para a próxima semana, no dia 17, no Ministério do Planejamento. 
Transporte. Alckmin também revelou que apresentou a Dilma o projeto do trem intercidades, que ligará Americana, no interior, a Santos, no litoral paulista. "Necessitamos do governo federal a área de passagem para o trem", disse o tucano, para quem não existe conflito entre a proposta estadual e o Trem de Alta Velocidade (TAV). 

Ele também negou que, com a reunião desta segunda, haja uma "mudança de posição" na relação do Estado com o governo federal, uma vez que PSDB e PT se enfrentaram nas eleições deste ano e os problemas de abastecimento em São Paulo foram usados pelos petistas para atacar a gestão dos tucanos.

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