Nova favela da cracolândia cresce em ruas do centro

Favelinha da cracolândia na esquina das ruas Cleveland e Helvétia, em Campos Elíseos (centro)

Folha de S.Paulo

A multidão se amontoa em volta das 48 barracos em busca das pedras de crack.
É a feira de drogas que acontece 24 horas por dia na nova favelinha da cracolândia, que cresce em Campos Elíseos, no centro de São Paulo.
A aglomeração, que fica na esquina das ruas Cleveland e Helvétia, mostra que, quase na metade de seu mandato, a gestão Fernando Haddad (PT) não conseguiu reduzir o fluxo de dependentes químicos na região central.
Ao contrário.
Se deparou com o aumento da frequência de usuários e traficantes, mesmo após o lançamento de um programa que dá emprego e moradia a viciados, batizado de Braços Abertos.
Resposta
O prefeito Fernando Haddad (PT) disse, em recente entrevista, que a falta de policiamento na região da cracolândia contribui para o aumento do fluxo de viciados.
Em nota, a prefeitura disse ontem que a situação "está diretamente ligada à continuada oferta de drogas na região, que é uma questão de segurança pública".
A administração diz que tem insistido com a PM e o governo do Estado para reverter a suposta redução do efetivo policial no local, que teria ocorrido no meio do ano.
A prefeitura informou que há 513 beneficiários cadastrados no programa Braços Abertos, sendo que 23 deles receberam atestado médico de aptidão ao mercado de trabalho e 122 estão em tratamento contra dependência.
Resposta 2
O comandante do policiamento da capital, Glauco Carvalho, disse que há 112 policiais militares atuando na cracolândia -no ano passado eram 116.
"Nunca houve redução. É o maior efetivo policial por metro quadrado do Estado", disse.
Segundo ele, por ser tratar de um problema de saúde pública, os policiais têm limitações para atuar.
"É um drama pessoal, e a PM não pode atuar de maneira ostensiva."
Ele diz que, neste ano, 246 pessoas foram presas por tráfico, roubos e furtos na cracolândia.
O Estado diz que, desde janeiro de 2013, foram feitas 6.368 internações.
Neste ano foram 20 mil atendimentos sociais para o encaminhamento de dependentes.

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