Poços secam e moradores da zona rural de Mairinque ficam sem água

Prefeitura tem distribuído 30 milhões de litros entre as propriedades.

Porém, quantidade não é suficiente para suprir a demanda da população.

Do G1 Sorocaba e Jundiaí
A chuva do início do mes não resolveu e, com isso, a estiagem que atinge todo o Estado de São Paulo prejudica o abastecimento de água em Mairinque (SP). Na zona rural, metade dos poços construídos nas propriedades secaram e os moradores precisam contar com a ajuda de caminhões-pipa para terem água em casa.
Na casa do aposentado Reginaldo Rosa da Silva, por exemplo, já faz quatro meses que a caixa de água só fica cheia com a ajuda de caminhões-pipa. "Estou preocupado, chove em todo lugar e aqui em Mairinque não chove. A gente não tem o que fazer. A gente cava poço e não acha mais água", conta o aposentado.
De acordo com a Prefetura de Mairinque, 30 milhões de litros de água são distribuídos entre as propriedades rurais da cidade. A água potável é utilizada apenas para consumo das famílias. "Não é suficiente. Como os poços, quase 50% secaram, nós estamos aguardando do Gorverno do Estado a chegada de um novo caminhão-pipa para aumentar essa demanda de água",  explica o diretor de Obras e Serviços Públicos da Prefeitura de Mairinque, Carlos Cruz.

O morador da zona rural Walter Pereira da Silva reclama que houve aumento do número desses poços mais profundos na região, o que, na opinião dele, estaria contribuindo ainda mais para a seca. "Nós já temos esses poços há muito tempo, só que nas imediações, agora, virou uma febre.Todo mundo abre o seu poço e um suga a água do outro".
A situação dos moradores da zona rural é crìtica. A maioria das propriedades depende dos poços caipiras construídos nos terrenos, que têm, em média, perfurações de 10 metros de profundidade, menos do que os poços artesianos que chegam a 60 metros.
Na propriedade do aposentado Reinaldo Lunardon moram cinco pessoas. O abastecimento da casa também tem sido feito com caminhões-pipa. Desde o início da seca a rotina mudou e a água do banho é usada depois para descarga. "Pra beber, infelizmente, tem que comprar, porque água da chuva não dá para tomar e a água que vem do caminhão também não tem condições de uso, a gente não sabe de onde vem", finaliza o aposentado.
A prefeitura informou que não tem como fiscalizar a abertura de poços artesianos na zona rural. E que a autorização para a escavação de poços ou outras formas de captação de água cabe ao Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado (Daee).
Poços secam e moradores da zona rural de Mairinque ficam sem água (Foto: Reprodução/TV TEM)Poços secam e moradores da zona rural de Mairinque ficam sem água (Foto: Reprodução/TV TEM)

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