Polícia desarticula quadrilha na região


Grupo estava envolvido com tráfico de drogas, homicídio, extorsão e roubo em Mairinque, Barueri e Carapicuíba

Giuliano Bonamim
giuliano.bonamim@jcruzeiro.com.br


A Polícia Civil desarticulou uma organização criminosa envolvida com tráfico de entorpecentes, homicídio, extorsão e roubo em Mairinque, Barueri e Carapicuíba. Foram detidas 73 pessoas durante um ano de investigação da chamada Operação Monjolo, finalizada ontem com a prisão de 21 indivíduos. Entre eles estão José Marcolino Nascimento, conhecido como Pezão, e Jordy Silva de Assis, considerados os líderes da quadrilha.

O cumprimento dos mandados de prisão expedidos pela Justiça envolveu cerca de 150 policiais civis. A ação teve início às 4h30 e foi encerrada com a elaboração dos boletins de ocorrência na Delegacia de Mairinque. Entre as 21 detenções, sete delas ocorreram em flagrante por porte de arma e tráfico de entorpecentes.

Segundo o delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, os 73 presos na Operação Monjolo não formavam uma só quadrilha. "Mas eram interligados entre si e tinham atividades criminosas compartilhadas", conta.

Menores no crime

A delegada de Mairinque, Fernanda Ueda, ressaltou que os integrantes dessa organização criminosa também recrutavam menores de idade para a venda de entorpecentes. "Eles usavam mais de 20 adolescente para revender e, por isso, a quadrilha pode chegar a mais de 100 integrantes", diz.

Na opinião de Fernanda, a ação da Polícia Civil foi um duro golpe no crime organizado. "Porque eles comandavam os principais pontos de drogas de Mairinque", ressalta.

A sede da delegacia de Mairinque ficou lotada de policiais, entre civis e militares. As ruas ao redor do prédio foram cercadas por viaturas, mas o trânsito não foi fechado. O entra e sai de pessoas detidas também foi intenso durante toda a manhã.

No local foi apresentado um organograma com as ramificações da organização criminosa. Pezão, um dos líderes, foi preso em Barueri. O outro, Jordy, acabou detido em Carapicuíba. Uma terceira pessoa, também apontada como referência na quadrilha, é Alcimar Antônio de Lima, conhecido como Paraíba ou Ceará. Ele já estava preso acusado de homicídio.

Com os 21 detidos foram apreendidos notas de dinheiro em real e dólar, projeteis, armas, uma balança de medição, entorpecentes e telefones celulares.

A investigação da Polícia Civil continua. Existe um inquérito em Mairinque e há a possibilidade de identificar outros responsáveis ou integrantes da quadrilha.

Postar um comentário

0 Comentários