Empresários de Sorocaba e região acreditam que 2015 não será fácil

'Empresas suspenderam investimentos', diz diretor de empresa.

De acordo com especulações, cenário econômico não será animador.

Do G1 Sorocaba e Jundiaí
Aproximadamente 320 empresários de Sorocaba e região se reuniram nsta sexta-feira (5) para debater sobre a situação econômica atual. E uma das conclusões foi de que o empresariado precisará se reinventar para sobrepor os obstáculos. Segundo o diretor de uma empresa instalada no distrito industrial de Sorocaba, Rubens Rizzardo, a preocupação com o quadro econômico nacional vem desde julho: "Tanto fornecedores, quanto clientes suspenderam os investimentos e aguardaram passar as eleições antes de tomar decisões".
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Sorocaba, Geraldo Almeida, também acredita que o ano de 2015 não deve ser fácil, já que existe uma previsão de crescimento para o Brasil de apenas 0,8% do PIB.  “Para a indústria isso deve ser muito ruim. Às vezes, isso acontece para que o setor aprenda a inovar, buscar novos métodos de produção e entender como o mercado está funcionando”, salienta.

Para o secretário, a grande locomotiva do Brasil é a indústria, o governo deve se sensibilizar quanto a essa situação, por isso, é possível imaginar que uma hora ou outra o quadro vai melhorar: “Temos que entender que a indústria é importante, dependemos dela e o Brasil a hora que voltar pro trilho do setor produtivo vai voltar a crescer bastante”.

Almeida também aponta que é necessário entender o mundo sem fronteiras, o que é a globalização, e é preciso entender como são essas relações. “Quando os responsáveis pela economia vão em direção a um câmbio que não é atrativo para a indústria, ele vai facilitar as importações. É uma situação que estamos passando agora”, explica.

De acordo com o vice-diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Erly Domingues de Syllos, este é um momento de reflexão pelo qual o setor passou, principalmente, para a indústria: “Temos muitos ajustes a fazer para o próximo ano. A economia mundial não vai bem e o Brasil também teve vários tropeços nos últimos anos e afetou principalmente o setor produtivo”, complementa.
Erly Syllos acredita que é preciso fazer um balanço deste ano e se planejar para 2015 (Foto: Ana Paula Gonçalves/ G1)Syllos acredita que é preciso fazer um balanço
deste ano e se planejar para 2015
(Foto: Ana Paula Gonçalves/ G1)
Segundo o executivo, o Ciesp irá buscar os caminhos mais eficientes para trilhar e cobrar junto ao Governo para fazer retomar o crescimento; gerar empregos e, também, aumentar a competitividade. “Tanto no cenário nacional, como no internacional – exportar produtos com preços compatíveis com o mundo todo”, reforça Syllos.
Com essas ações, será possível criar novos cenários para, no futuro, Sorocaba estar engajada e focada. Para o vice-diretor, o trabalho feito anteriormente fez com que Sorocaba, mesmo com as dificuldades, fosse a menos penalizada. “Com a chegada de novas empresas - como a Toyota - e o investimentos de outras como o grupo Schaeffler amenizaram a situação", completa.

O encontro reuniu empresários em um evento anual do CIESP. Atualmente, a regional compreende 47 municípios.
Empresários discutiram quais os melhores caminhos para a indústria em 2015 (Foto: Ana Paula Gonçalves/ G1)Empresários discutiram quais os melhores caminhos para a indústria em 2015 (Foto: Ana Paula Gonçalves/ G1)

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