RodapéNews - Edição de 5 de janeiro de 2015



"GUERRA DA ÁGUA" em SP, o PSDB já sabia em 2009.
Documento publicado em 2009 pelo Governo de SP, já previa uma "Guerra da água" na "Macrometrópole Paulista" para o ano de 2015, "motivada pelo aumento da demanda num ano atípico de chuvas, com…
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Adicionado em 21/10/2014
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SP PODE TER EM 2015 A "GUERRA DA ÁGUA" 

EMBORA CIENTES DESTE CENÁRIO PARA 2015, GOVERNOS DO PSDB NAS GESTÕES JOSÉ SERRA (2007-2010) E GERALDO ALCKMIN (2011-2014) NADA FIZERAM PARA EVITÁ-LA

PREVISÕES DE ESPECIALISTAS NÃO SÃO NADA OTIMISTAS - ESTAMOS NO COMEÇO DA CRISE, O PIOR AINDA NÃO ACONTECEU, AFIRMA PEDRO LUIZ CÔRTES, GEÓLOGO E ESPECIALISTA SOBRE RECURSOS HÍDRICOS EM ENTREVISTA AO FANTÁSTICO

Fantástico - 04/01/2015 - Domingo
Imagens inéditas revelam situação dos sistemas de água em São Paulo
Fantástico sobrevoa principais sistemas que abastecem SP: Cantareira, Alto Tietê e Guarapiranga
[Nesta reportagem do Fantástico deste domingo, faltaram dois grandes enfoques:
  • Atribuiu o problema apenas à estiagem e não falou que os governos de SP e Sabesp, nos últimos 10 anos, não fizeram os investimentos necessários para produzir mais água e reduzir as perdas por causa da  "rede de tubulação furada" da Sabesp, que gera desperdício em torno de 30%. Decorrente deste enfoque, joga a responsabilidade  da falta de água nas costas da população paulista, que é a verdadeira vítima, em vez de causadora da situação;
  • Não ataca a questão da transparência da crise hídrica. Contrariamente ao que afirmou Geraldo Alckmin em seu discurso de posse, quando disse que a transparência absoluta é uma marca histórica e um dos pilares de seu governo (clique aqui), a  atual crise hídrica mostra o oposto. Na prática, Sabesp e governo de SP agem sem transparência em relação à população e aos consumidores: 
  1. Por que a Sabesp e o governo de SP não adotam o racionamento oficial de água no Estado, mostrando a gravidade da situação, em vez do oficioso racionamento chamado "redução de pressão"? 
  2. Por que não adotam campanhas de esclarecimento público adequadas, precedidas de todas as informações para os cidadãos e consumidores paulistas, diferentemente das usadas com slogan "Água: sabendo usar não vai faltar" (clique aqui), que aponta que o culpado é você, integrante da população paulista, pela crise hídrica?
  3. Quem são os grandes consumidores de água em SP? 
  4. Quais são os percentuais de consumo da população, da indústria, da agricultura, dos grandes condomínios?  
  5. A crise hídrica e outros fatos (entre os quais o cartel de corrupção de trens em SP) mostram que a transparência absoluta só existe no discurso do governador. Além de não de ser "absoluta", está muito longe de ser transparência ativa (clique aqui).
PROTESTOS CONTRA FALTA D'ÁGUA EM SÃO PAULO PODEM SE AMPLIAR E MARCAR PRESENÇA NAS RUAS EM 2015, PREVEEM CIENTISTAS SOCIAIS E PESQUISADORES
Valor - 19/11/2014  (via Unisinos)
Protestos contra falta de água podem se ampliar
Parte dos sociólogos acredita que a escassez de água - caso ocorra um racionamento generalizado na capital paulista - por si só teria capacidade de induzir manifestações de grande vulto, cujo principal mote seria a omissão por parte de autoridades públicas em prover um serviço essencial.
Outros pesquisadores acreditam que somente associada a outros problemas, como a um grande avanço da inflação ou a um ajuste fiscal severo do governo que rebata no aumento do desemprego, haveria manifestações de maior porte. Para esses, o problema da água não teria fôlego por si só para mobilizações grandes, somente movimentos de menor porte, uma vez que para parte da população estaria associado a fenômenos climáticos, não havendo a quem exatamente culpar.
"A crise hídrica de São Paulo tem um potencial socialmente explosivo", diz Ruy Braga, sociólogo da Universidade de São Paulo (USP), que está entre os que enxergam potencial por si só na crise hídrica

EM 2009, "CENÁRIOS AMBIENTAIS 2020", DOCUMENTO PUBLICADO PELO GOVERNO DE SP, ATRAVÉS DA SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE (SMA), CITAVA A "GUERRA DA ÁGUA" COMO UM DOS CENÁRIOS PARA 2015
Youtube
"Guerra da água" em SP, o PSDB já sabia em 2009
Documento publicado em 2009 pelo Governo de SP, já previa uma "Guerra da água" na "Macrometrópole Paulista" para o ano de 2015, "motivada pelo aumento da demanda num ano atípico de chuvas, com precipitação muito abaixo da esperada". (S.P., 2009, :p.37). O inacreditável é que mesmo com mais de 200 super-especialistas concluindo isso, o Governo do PSDB, nada fez!! Definitivamente comprovada a incompetência tucana!

VEJA ÍNTEGRA DO DOCUMENTO ELABORADO EM 2009 PELA SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
Secretaria do Meio Ambiente
Cenários Ambientais 2020
No chamado "cenário de referência", o governo do PSDB já previa a chamada "guerra da água em 2015", embora as gestões Serra e Alckmin nada tenham feito para minimizá-la, reproduzimos os dois últimos parágrafos da página 37 e o início da página 38:
"Se por um lado o Estado foi eficiente com relação ao controle do desmatamento ao pagamento por serviços ambientais, por outro assistiu ao conflito pelo uso dos recursos hídricos, que desencadeou uma “guerra da água” entre algumas regiões, motivada pelo aumento da demanda num ano atípico de chuvas, com precipitação muito abaixo da esperada.
A resoluta mobilização social observada deveu-se, em parte, à crise de abastecimento que atingiu a bacia do Alto Tietê na primeira década do século XXI. Por volta de 2015, a crise atingiu também a Bacia Hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), obrigando as autoridades a aumentarem a quantidade de água trazida dos reservatórios Barra Bonita e Jurumirim para garantir o abastecimento da chamada “Macrometrópole Paulista”13. Esse aumento nas transferências hídricas ampliou os conflitos já existentes entre abastecimento público, irrigação e consumo industrial, que correspondem, historicamente, às principais demandas hídricas do Estado." 

Se você não conseguir abrir o link acima da SMA, veja este outro:

FALTA D'ÁGUA NO LITORAL PAULISTA
Folha - 04/01/2015 - Página C4
Condomínios no litoral relatam falta de água
Zeladores apontam baixa pressão e desabastecimento em parte do dia; por economia, ducha pós-praia é vetada.
Sabesp diz que 'não há ocorrências afetando abastecimento' em Guarujá e que vai vistoriar cada caso

ESCOLHA DE JERSON KELMAN
Folha - Painel - 04/01/2015 - Página A4
Repercussão da escolha de Jerson Kelman junto a autoridades do governo federal
Filtro Autoridades do governo federal elogiaram a escolha de Jerson Kelman para a presidência da Sabesp, a empresa de abastecimento de água de São Paulo. Creem que ele dará mais transparência à crise hídrica no Estado.
Ponte Para o governo federal, a escolha de Kelman, que é professor da UFRJ, pode reduzir as tensões entre São Paulo e Rio pelo uso da água do rio Paraíba do Sul. O risco de desabastecimento em cidades fluminenses preocupa o Planalto.
Fluxo A ministra Izabela Teixeira (Meio Ambiente) telefonou para Kelman na sexta-feira à tarde e o parabenizou pela nomeação.
Leia estas e outras notas do Painel deste domingo, 04/01/15

ESTE É JERSON KELMAN
Apresentação
Jerson Kelman nasceu no Rio de Janeiro em 1948, é casado, tem dois filhos e cinco netos. É engenheiro civil com especialização em hidráulica pela Escola de Engenharia da UFRJ (1971), Mestre em Engenharia Civil pela COPPE-UFRJ (1973) e Ph.D. em Hidrologia e Recursos Hídricos por Colorado State University (1976).
Desde 1974 é professor de Recursos Hídricos da COPPE-UFRJ. Presidiu (como orientador) e participou de dezenas de bancas de mestrado e doutorado. É autor dos livros “Cheias e Aproveitamentos Hidroelétricos” (1983) e “Desafios do Regulador” (2009), e de mais de uma centena de artigos técnicos e capítulos em livros especializados, bem como de dezenas de artigos publicados na grande imprensa. Foi fundador, diretor e presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH).
Foi Interventor na Empresa Energética de Mato Grosso do Sul - ENERSUL, Presidente do Grupo Light (2010-2012), Diretor-Geral da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL (2005-2008) e Diretor-Presidente da Agência Nacional de Águas - ANA (2001-04). Anteriormente, havia sido pesquisador do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL), Diretor da SERLA-RJ (Fundação Superintendência Estadual de Rios e Lagoas), consultor do Banco Mundial e sócio da BR-Investimentos.
É membro do Conselho Curador da Fundação Brasileira de Desenvolvimento Sustentável - FBDS, do Comitê Científico da Semana Mundial da Água em Estocolmo, da Academia Nacional de Engenharia - ANE, do Conselho Superior de Infraestrutura da Federação da Indústria do Estado de São Paulo - FIESP, da Força Tarefa sobre Segurança Hídrica da Global Water Partnership - GWP e da Organisation for Economic Co-operation and Development - OECD.
Foi membro do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), do Conselho Internacional da ABENGOA (Sevilha, Espanha), do Conselho Consultivo do Instituto de Hidráulica da UNESCO (Delft - Holanda) e do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Foi coordenador da Comissão de Análise do Sistema Hidrotérmico de Energia Elétrica que diagnosticou as causas do racionamento de 2001.
É comendador da Ordem do Rio Branco e da Ordem do Mérito Científico. Recebeu medalhas de mérito legislativo da Câmara dos Deputados e da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o Distinguished Alumni Award (2012, Colorado State University), o título de Engenheiro Eminente (2010, Associação de Antigos Alunos da Politécnica) e o King Hassan II World Water Prize (2003, World Water Council).

TRANSPARÊNCIA ATIVA (clique aqui) JÁ NO SÍTIO DA SABESP

DADOS SOBRE "GASTÕES" DE ÁGUA E PREVISÃO  DOS LOCAIS EM QUE HÁ FALTA DE ÁGUA E/OU CORTES EM SEU FORNECIMENTO, ENTRE OUTROS, TÊM QUE SER DISPONIBILIZADOS AOS CIDADÃOS E CONSUMIDORES NO SÍTIO DA EMPRESA

[Essas e outras informações, que deveriam estar no sítio da Sabesp, são disponibilizadas a conta gotas pelo governador Geraldo Alckmin e Sabesp diante do interesse político de ambos e de acordo com a evolução da crise hídrica em SP]

Estadão - 31/12/2014
10% dos clientes consomem 1/3 de toda a produção de água mensal do Cantareira
São 446.677 consumidores tachados de "gastões" pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) e que estão na mira da proposta de multa apresentada pelo tucano à Arsesp

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