Rollemberg decreta emergência na saúde pública do Distrito Federal

Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro
O governador Rodrigo Rollemberg anunciou na noite de hoje (19) a decretação de situação de emergência na saúde pública do Distrito Federal nos próximos 180 dias. Nesse período, o governo instala uma força-tarefa para revisar a renegociação de contratos e escalas de trabalho. Remanejamentos para atendimento emergencial também estão incluídos na revisão pretendida por Rollemberg.
De acordo com a assessoria do governo do Distrito Federal (GDF), qualquer servidor da administração pública de Brasília poderá ser chamado pelo secretário de Saúde, João Batista de Souza, para compor a força-tarefa. Além disso, membros do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e Polícia Civil do DF podem ser chamados para auxiliar os atendimentos na rede hospitalar.
Entre os motivos apontados pelo governador estão “a falta de pagamento a fornecedores de medicamentos e de material médico-hospitalar, entre outros; o fechamento de diversos leitos em UTI, inclusive na neonatologia, e a descontinuidade da prestação de serviços, como de radioterapia, o que pode acarretar sofrimento aos pacientes e aumento no número de óbitos devido à interrupção do tratamento de câncer”.
Rollemberg vem enfrentando diversos problemas na saúde do DF desde que assumiu o cargo, no início do ano. O governo negocia com servidores da saúde e da educação o parcelamento de atrasados referentes a dezembro, entre eles, décimo terceiro salário e férias.
Os médicos entraram em greve na última sexta-feira (16), depois de rejeitar a proposta do governo de parcelamento das dívidas trabalhistas, acumuladas desde outubro do ano passado. Além disso, eles não aceitam a decisão de parcelar os salários dos servidores.
“Isso é provisório, para que possamos colocar as contas em dia. Estamos herdando uma dívida do governo anterior”, disse Rollemberg, ainda na semana passada. “Pedimos a compreensão dos médicos, dos professores, para que possamos regularizar. O caos não interessa a ninguém”, reforçou. O GDF vai pedir na Justiça a ilegalidade da greve.

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