Felipe Amorim e Alan Santiago

do Agora

A falta de água em bairros da capital está ocorrendo cada vez mais cedo. No início de 2014, moradores relatavam que o problema começava às 22h.

Agora, já há locais onde o desabastecimento tem início às 13h e só volta na madrugada seguinte.

O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, que tomou posse na semana passada, afirmou que intensificaria a redução da pressão.

Segundo a companhia, a manobra é usada, durante a maior crise hídrica da região metropolitana, para evitar perdas na rede e garantir mais economia –mas causa falta de água, em especial em bairros mais altos e distantes.

"A água está acabando cada vez mais cedo", diz a gerente de loja Andreia Cazarini, 38 anos, que mora em Itaquera (zona leste de SP).

"Antes era por volta das 17h, 18h... Agora às 13h30 tem dias que já não tem mais água da rua", afirma.

Resposta

Em nota, a Sabesp atribuiu o desabastecimento às altas temperaturas e ao consequente aumento de consumo.

"Por consequência, houve redução dos níveis dos principais reservatórios", destaca o texto divulgado.

A empresa ressalta ainda que a gestão de pressão, feita para reduzir vazamentos e desperdício de água num momento de crise hídrica, é outra responsável pelo problema.

A companhia não deu detalhes de como tem gerido essa pressão.

"Logo, moradias que ficam em lugares altos, longe dos reservatórios e com baixa reservação podem sofrer com intermitência [interrupção] no abastecimento", justifica.

A Sabesp acrescenta ser "fundamental que os clientes tenham caixa-d'água em casa".