7,4 milhões se deslocam de sua cidade para trabalhar ou estudar

RIO - Mais de 7,4 milhões de pessoas no País se deslocavam, em 2010, para trabalhar ou estudar em municípios diferentes daqueles em que moravam. O dado está em estudo inédito divulgado nesta quarta-feira, 25, pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre concentrações urbanas e arranjos populacionais.
Na grande concentração urbana cujo núcleo é a cidade de São Paulo, com 36 municípios (incluindo a capital), 1,7 milhão de pessoas saem da cidade onde moram para trabalhar ou estudar. Já na do Rio, são 1 milhão.
Concentrações urbanas em SP. O estudo do IBGE, com base nos dados do Censo, mostra que o País tinha, em 2010, 26 grandes concentrações urbanas, cinco delas no Estado de São Paulo. Os mapas apontam clara tendência de interligação entre os municípios, que ultrapassam as divisas territoriais e pedem políticas públicas integradas. Grande manchas urbanas estão concentradas principalmente no Sudeste. Nas 26 grandes concentrações viviam 79 milhões de pessoas, ou 41,3% da população de 2010.
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O conceito de grande concentração urbana se refere a grupos de cidades com forte ligação entre si que somam mais de 750 mil habitantes. O principal fator de integração entre os municípios é o deslocamento de moradores para trabalho ou estudo. Também são levados em conta os municípios que se aproximaram a ponto de parecerem um só (conurbação urbana). Na lista há dois municípios isolados, mas que, pelo grau elevado de urbanização, também se enquadram na classificação de grandes concentrações - Manaus (AM) e Campo Grande (MS). 
São Paulo é o único Estado que tem mais de uma grande concentração urbana. O maior agrupamento é formado pela capital e outros 35 municípios, somando 19,6 milhões de habitantes. As outras grandes concentrações urbanas paulistas são grupos de municípios nas regiões de Campinas (1,8 74 milhão de habitantes), Baixada Santista (1,556 milhão), São José dos Campos (1,419 milhão) e Sorocaba (779,7 mil).
O IBGE também estudou arranjos populacionais, que são grupo de cidades interligadas, independentemente do tamanho. Os arranjos com mais de 100 mil habitantes foram chamados concentrações e estão divididas em médias (que tem de 100 mil a 750 mil habitantes) e grandes (mais de 750 mil). 
Como se trata do primeiro estudo, não permite comparações com anos anteriores. A ideia é que a pesquisa seja feita a cada dez anos, depois dos Censos, para acompanhar a evolução dos arranjos populacionais e das concentrações urbanas de todo o País. 
© Fornecido por Estadão


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